Um sintoma cada vez mais latente vem sendo decisivo para o Atlético na luta por uma vaga na Libertadores de 2019: a ineficiência do banco de reservas. Mais do que nunca, o técnico Thiago Larghi vem precisando da ajuda dos suplentes para tentar não perder pontos em jogos em que se espera a vitória. Mas a realidade vem mostrando que quem entra no decorrer das partidas pouco ou nada acrescenta.
Sabendo disso, no clássico contra o América, no último domingo, a torcida nem mesmo gritou o nome de nenhum atleta para entrar no jogo, quando o time empatava e precisava da vitória para se distanciar do Santos, o sétimo colocado, na briga pelo G-6 do Brasileiro. A diferença, que chegou a ser de onze pontos, chegou a quatro.
Ao longo do Campeonato Brasileiro, em apenas cinco jogos, quem saiu do banco conseguiu ajudar diretamente o time a vencer, seja com um passe para gol ou balançando as redes. Nas demais partidas, os suplentes pouco acrescentaram ou até prejudicaram o time.
O próprio treinador admite que os suplentes, formados na maioria por atletas que foram contratados no meio do ano, não vêm conseguindo ajudar o time. “O grupo que já estava aqui segue desempenhando um bom futebol, mas a gente precisa acrescentar algo mais aos que chegaram. Eles precisam resolver, mudar jogos, fazer a coisa diferente. É o que a gente espera”, analisa Larghi.
Torcida
Além da pouca eficiência dos suplentes, o treinador também sofre com as críticas da torcida. Ele chegou a ser chamado de “burro” contra o Coelho ao fazer uma alteração no time.
Fato é que o treinador parece não seguir uma lógica para testar suas opções. O meia Nathan, por exemplo, chegou a ser titular da equipe em quatro jogos seguidos e, na sequência, deixou de ser até opção em algumas rodadas. Ele só voltou a entrar no último jogo.
Outro episódio foi a não utilização de Leandrinho contra o América, mesmo tendo disputado com Tomás Andrade vaga no ataque durante os treinos da semana. O argentino foi titular, e Nathan, que veio do Napoli, da Itália, sequer entrou. O meia Terans é outro que deixou de ser opção depois de seis jogos seguidos vindo do banco. Ele só voltou a ser colocado em campo há duas rodadas.
Larghi atravessa o momento de maior pressão à frente do time, mas diz ter convicção do que faz. “Respeito muito a opinião do torcedor, sou muito grato por estar aqui, mas tenho muita convicção do meu trabalho. Temos que acreditar no que a gente faz”, declarou.
Contratados
Reforços
O Atlético buscou 18 atletas ao longo de 2018. Foram dez contratados no primeiro semestre (Arouca, Erik, Róger Guedes, Ricardo Oliveira, Samuel Xavier, Maidana, Juninho, Tomás Andrade, Galdezani e Emerson) e oito no segundo (Chará, Zé Welison, Denílson, Terans, Martin Rea, Edinho, Nathan e Leandrinho).
Titulares
Dos 18, seis conseguiram a titularidade, sendo que Chará ocupou a vaga de Róger Guedes, que deixou o clube,
e Zé Welison disputa posição com Adílson. Com base nesses números, houve 33% de acerto nas contratações.