Galo investe alto em reforços para voltar a ser campeão Mineiro

Mais um Campeonato Mineiro na vida do Atlético e, de novo, a obrigação de buscar o título. Mas, diferentemente do ano passado, quando ficou fora da Libertadores, neste ano, o Galo está de volta à competição continental – e ainda mais cedo, na pré-Libertadores – e, assim, fará do Estadual uma espécie de sparring.

O alvinegro manteve a base do ano passado e se reforçou pontualmente, especialmente na defesa, com as chegadas dos zagueiros Réver e Igor Rabello e do lateral-direito Guga. Do meio pra frente – Jair, Vinícius, Maicon Bolt e Papagaio, esse último, ainda não oficializado –, todos chegam para a condição de suplentes inicialmente.

Até a estreia na fase prévia da Libertadores, no dia 5 de fevereiro, contra o Danubio-URU, serão cinco jogos no Mineiro, sendo três como mandante e ainda o clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão. Dessas partidas, o técnico Levir Culpi deve escalar o que tem de melhor em pelo menos três compromissos para aprimorar o entrosamento da equipe sem se desgastar tanto. Se avançar na Libertadores e chegar à fase de grupos, também haverá disputas do Mineiro em meio ao torneio sul-americano. 

“(Para) o jogo do Danubio nós já preparamos o esquema, mas antes teremos uns três jogos ainda. É importante a gente entrar para jogar, mas cuidar também do aspecto fisiológico dos atletas. Mas estamos cercados de profissionais e conhecemos os jogadores”, destacou o técnico Levir Culpi.

O treinador é cinco vezes campeão mineiro, sendo três títulos com o Atlético (1995, 2007 e 2015) e dois com o Cruzeiro (1996 e 1998). A competição deste ano também marcará a despedida de um multicampeão regional: o zagueiro Leonardo Silva, quatro vezes campeão com o Galo (2012, 2013, 2015 e 2017) e uma vez com a Raposa (2009).
 

MINIENTREVISTA
São muitos Campeonato Mineiros. Qual a motivação de disputar mais um?
A motivação é a mesma do ano passado e de quando eu comecei, sempre alta. São muitos campeonatos, e estou numa expectativa positiva de fazer um grande trabalho e ajudar o Atlético como sempre.

Pelo planejamento, esse é seu último Mineiro. Já começa a dar aquele frio na barriga de parar de jogar?
O frio na barriga eu tenho sempre, em cada jogo, em cada competição e, agora, não vai ser diferente. O fim de uma carreira se aproxima, e é óbvio que é uma sensação diferente, uma ansiedade para mim. São momentos que você vai vivendo e pensando e vai fazendo com que isso seja natural, curtindo mais, aproveitando o que você fez antes na carreira para deixar esse momento de despedida todo especial.

Você talvez seja o jogador que mais conhece os campos do interior. Qual o segredo para se jogar lá, contra equipes menores? É um cuidado e um respeito profissional. Isso faz com que a partida se torne especial, competitiva, para sempre conseguir a vitória. Tem que ter respeito com esses adversários acima de tudo, independentemente da equipe que você está enfrentando.

Você vê hoje o elenco do Atlético equilibrado? Sim, o elenco está pronto e vai evoluir cada vez mais. A equipe se qualificou em vários setores, e esperamos entrosar cada vez mais o time para que ela esteja pronta desde o início do ano.

O Réver está de volta, e o Atlético também tem outros zagueiro altos, como o Maidana e o Igor Rabello. Como deve ser para o Levir ter esse cardápio à disposição? Sim, a equipe se fortaleceu bem nesse setor de defesa, com as chegadas do Réver e do Igor. A torcida pode ficar tranquila que todos vão se dedicar ao máximo para manter o Atlético muito forte e competitivo nesse aspecto e para que a gente consiga ter todas as condições de lutar pelo título nas competições que disputarmos.