Finalizações, recomposição e bola aérea defensiva. O Atlético já sabe muito bem o que precisa melhorar para que não seja surpreendido no próximo clássico contra o Cruzeiro, neste domingo (6), às 18h30 (de Brasília), no Mineirão.

O time alvinegro vem tendo dificuldades nestes três quesitos neste início de temporada, em que pese que a equipe tenha atuado poucas vezes com o time totalmente titular.

O principal fator a ser melhorado, segundo a comissão técnica, são as bolas áreas defensivas. O time tem sofrido com os cruzamentos adversários para a área e cedido mais gols do que de costume.

Ano passado, o Galo teve como um dos principais destaques a consistência defensiva. Foi do Atlético a melhor defesa do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores.

Neste ano, o time tem sofrido mais gols do que o normal. No último sábado (26), contra o Pouso Alegre, por mais que Godín não tenha atuado e Réver tenha sido o titular, a defesa viu Ramon Baiano subir duas vezes livre, de cabeça, e marcar para os donos da casa.

"Os gols (do adversário) foram pelo alto, não em bola direta, mas movendo a bola, e aí gerou um movimento e não conseguimos ser efetivos. Teremos que trabalhar essa situação", disse o técnico Turco Mohamed após a partida.

Pela Supercopa, o time sofreu novamente com a bola aérea no primeiro gol. Bruno Henrique subiu livre para cabecear, Everson fez defesa milagrosa, mas Gabigol não perdoou no rebote.

No primeiro tempo do jogo em Cuiabá, Fabrício Bruno já havia perdido uma boa chance ao subir sozinho e cabecear para fora.

Outro quesito a melhor é a finalização. O time cria muito e desperdiça chances por conta dos arremates. Foi assim, no final de semana, contra o Pouso Alegre e também diante do Flamengo.

Na decisão da Supercopa, o Galo finalizou 20 vezes e apenas sete foram em direção ao gol. Dessas, duas entraram no gol de Neneca.

"Temos que melhorar nas finalizações. Sabemos que temos que seguir melhorando cada vez mais", finalizou o treinador.

Recomposição

Uma das preocupações de Mohamed é a recomposição do meio-campo alvinegro. A lesão de Zaracho trouxe complicações ao setor. O argentino era peça fundamental para ajudar fechar os espaços e acompanhar as descidas dos volantes adversários. Sem ele, os volantes alvinegros se desdobram para cobrir os laterais, além de proteger a defesa.

Fato é que no segundo gol do Flamengo, quando Arrascaeta desceu livre e municiou Lázaro, o time carioca teve grande espaço para tramar a jogada do gol de Bruno Henrique.

Nacho não tem a mesma mobilidade e força de recomposição de Zaracho. Ademir por dentro ou Savarino pode ser uma alternativa, porém, Mohamed aguarda a recuperação de Zaracho para ter o que há de melhor no clássico do próximo domingo (6).