O lateral-esquerdo Fábio Santos é o cobrador oficial de pênaltis do Atlético. E quando ele não está em campo, quem bate? No último domingo, contra o Fortaleza, houve certa indefinição nesse quesito, o time acabou desperdiçando duas cobranças no segundo tempo e o Galo ficou no amargo empate em 2 a 2.
Não há uma ordem de cobradores na equipe. Há apenas o número 1. Assim, sem Fábio Santos, vai bater quem se sentir mais confortável em campo, conforme explicou o treinador Rodrigo Santana.
"O cobrador oficial é o Fábio (Santos). Com o Cazares em campo, ele está batendo pênalti. Nunca foi um cobrador de pênalti mas, treina, assim como o Alerrandro, o Luan, que sempre bateu. Mas, durante o jogo, quem está com mais confiança, vai cobrar, a gente dá autonomia. Vai saber se o cara torceu o tornozelo ou está sentindo e eu não fui comunicado...”, analisou o técnico atleticano.
Na etapa inicial, o Atlético teve o primeiro pênalti a favor assinalado. Alerrandro chegou a pedir para bater, mas Cazares pegou a bola e converteu. Na segunda etapa, já sem o equatoriano em campo (substituído), o Atlético teve outra penalidade marcada. Vinícius vai na bola, mas Luan pega e a entrega a Alerrandro, que bate e perde. Como a árbitra Edina Alves Batista mandou repetir a cobrança, veio a ordem do banco para que Luan, e não Alerrandro, cobrasse. E o goleiro Felipe Alves pegou de novo.
“No segundo (pênalti), eu falei (para o Alerrandro bater). A gente viu que ele tinha perdido um gol no primeiro tempo, chegou cabisbaixo no intervalo. Ele voltou. Esse gol de pênalti iria dar a confiança a ele, mas já que ele perdeu e achamos que o psicológico estava abalado para bater pela segunda vez, aí eu pedi para o Luan bater”, explicou Rodrigo Santana.
Cobrador oficial, Fábio Santos converteu 13 das 14 cobranças que fez, um aproveitamento de 93%. Sem o lateral em campo, foram três pênaltis desperdiçados pela equipe em quatro batidas: Ricardo Oliveira, contra a Chapecoense, e Alerrandro e Luan, contra o Fortaleza. Apenas Cazares converteu.
Ricardo Oliveira estava no banco contra o time cearense. Experiente, talvez ele chamasse a responsabilidade e pedisse para cobrar. A cobrança de pênalti é um treino comum que acontece sempre no fim das atividades, conforme ressaltou Rodrigo Santana.
“Todos os dias eles treinam cobrança de pênaltis, independentemente de mata-mata ou não. E não é nem a mando meu. A não ser que seja o cobrador oficial que esteja em campo e vai outro, aí pode estar passando por cima de mim”, destacou.