Vacilos no apagar das luzes custam caro

Para quem gosta de emoção, o Campeonato Brasileiro deste ano está na medida certa. Segundo levantamento do Footstas, a maior quantidade de gols tem ficado para os 15 minutos finais das partidas – foram 158 até aqui. E quem mais vive essa sensação é o Atlético, para o bem e para o mal. Ao lado do Sport, a equipe do técnico Thiago Larghi lidera o ranking de equipes que mais sofreram gols nos momentos finais dos jogos da Série A.

Foram 12 até agora, incluindo o gol tomado diante da Chapecoense, no último sábado, aos 47 min da etapa final. Curiosamente, os 15 minutos finais também trazem um ponto positivo. Ao lado da Chape, o alvinegro é o time que mais marca no apagar das luzes. Foram 13 gols nessa condição.

A história de sair derrotado ou levar o gol de empate no fim é algo recorrente para o alvinegro nas 28 rodadas. Além do revés na Arena Condá, essas situações também se repetiram contra Vasco, São Paulo, Flamengo, Palmeiras, Bahia e Internacional. Com esses pontos importantes que ficaram pelo caminho, o Atlético estacionou na sexta posição, com 45, vem se distanciando dos primeiros colocados e já começa a se preocupar com os clubes que estão abaixo, como o Santos, que já tem 39 pontos.

Pelo viés positivo, em dois jogos, os atleticanos conseguiram encontrar a vitória no fim, contra Corinthians e Ceará. Diante de América, Fluminense, Santos, Botafogo e Atlético-PR, o Atlético marcou no fim, mas o triunfo já estava garantido. Os outros gols marcados e sofridos no fim dos jogos pelo Galo não alteraram os resultados finais das partidas.

Questionado sobre os gols sofridos no apagar das luzes, Larghi preferiu fazer uma ponderação. “Incomoda, mas, se você olhar com cuidado, a gente fez mais gols nos finais dos jogos do que sofreu. São números que a gente tem a nosso favor. Mas lamentamos esse último jogo, porque era um jogo para a gente vencer”, destacou. O lateral-esquerdo Fábio Santos foi mais crítico. “Sempre em um momento-chave, em que podemos ganhar e nos aproximar dos líderes, não temos tido a competência e a sorte de vencer os jogos. E esses pontos que deixamos para trás têm feito muita falta”, destacou.