Para a torcida e para a crítica, o time do Atlético decaiu entre a temporada de 2021 e esta de 2022, mesmo tento conquistado os títulos possíveis (Campeonato Mineiro e Supercopa do Brasil), ter se classificado às oitavas de final da Copa Libertadores e estar entre os primeiros colocados do Brasileirão Série A.

No meio disso, além de o desempenho da equipe não estar mais enchendo os olhos de quem vê, o Galo perdeu algumas invencibilidades, como: 21 jogos ou mais de seis anos diante do América; 37 partidas ou quase um ano atuando no Mineirão; e 18 confrontos na Copa Libertadores, um recorde histórico da competição.

Veja, abaixo, cinco fatores que contribuíram para isso:

Técnico

No fim do ano passado, o ídolo Cuca anunciou que deixaria o Galo por questões pessoais. Após uma busca incansável por um treinador, principalmente em Portugal, a diretoria alvinegra se acertou com o argentino Turco Mohamed. Com um esquema de jogo um pouco diferente, ele e sua comissão ainda não fizeram o elenco dar a "liga" que era antes.

Saídas e reposições

O time considerado titular é praticamente o mesmo que fez sucesso nas conquistas dos torneios de 2021. No entanto, aconteceram saídas entre os reservas e não houve reposições à altura, como: Jefferson Savarino, Alan Franco, Nathan, Hyoran e Dylan Borrero. Em contrapartida, chegaram à Cidade do Galo Ademir e Otávio, na maioria das vezes elogiados, e Diego Godín e Fábio Gomes.

Defesa exposta

Quem assiste ao jogos do Galo percebe mais falhas de defensores, como de Godín e Nathan Silva, e os times adversários mais dentro de sua área. Isso se deve, entre outros fatores, à exposição da defesa, pois os atletas que jogam mais à frente não conseguem parar as jogadas dos oponentes com tanta facilidade, como antes. Também, por causa da falta de ligação entre os setores: assim como a bola precisa ir mais diretamente da defesa para o ataque, o mesmo acontece quando ela está na frente e volta facilmente.

Lesões

O clube vem sofrendo constantemente com jogadores machucados, principalmente com lesões musculares. Neste momento, Matías Zaracho, Eduardo Vargas e Keno estão de fora – este último vem de uma sequência de três casos. Outros que sofreram com isso nos últimos tempos e fizeram o Turco ter menos opções foram Dodô e Mariano.

Dívidas

De acordo com o balanço da própria diretoria, a dívida do clube foi de cerca de R$ 1,3 bilhão para aproximadamente R$ 1,1 bilhão, no entanto, valores ainda assustam. O assunto está ficando cada vez mais em evidência, sendo assunto de entrevistas do presidente Sérgio Coelho e do diretor de futebol Rodrigo Caetano. Agora, os conselheiros irão votar a venda do restante do shopping Diamond. Tema reflete dentro do campo, pois, assim como se vende um patrimônio, também se negocia jogadores para manter o fluxo de caixa.