Quantas coisas podem mudar em seis anos? Pessoas, locais e situações já não são as mesmas em questão de segundos. Quanto mais em 2.198 dias. Esse será o tempo exato da última vitória do América sobre o Atlético a partir do apito inicial do árbitro na partida deste sábado (7), às 16h30 (de Brasília), no Independência.

As duas equipes voltam a se enfrentar pela quarta vez somente nesta temporada. Entre os duelos pelo Mineiro, Brasileiro e Copa Libertadoresm, em 2022, o Galo leva a melhor, com duas vitórias e um empate.

E vem levando a melhor desde o dia 1º de maio de 2016. Foi nesse dia que o torcedor americano pôde comemorar pela última vez um triunfo do seu time sobre o rival alvinegro. Um triunfo, diga-se de passagem, muito importante, pois ele o levou à conquista do último Estadual do América.

Não que tenha sido o jogo decisivo do título mineiro, mas a vitória por 2 a 1, encaminhou a conquista, já que no duelo de volta, o empate em 1 a 1 fez com que o Coelho levantasse a taça.

Mal sabiam os americanos é que nesse empate, muito comemorado justamente, começaria o calvário do América diante do Galo. Desde então, foram 21 encontros entre os rivais, com 15 vitórias alvinegras e seis empates. Foram 13 partidas pelo Estadual, seis pelo Campeonato Brasileiro e os dois últimos pela Libertadores.

Tudo o que o americano quer é voltar a sentir o gosto de uma vitória sobre o Galo. Como se pudesse voltar no tempo. E esse tempo, já distante em termos de tabu futebolístico, também traz lembranças de como era a vida na época.

Um presidente diferente, uma situação econômica diferente, um mundo pré-pandemia, um cenário esportivo que nem de longe lembra os dias atuais.

Para começar, na última vez que o América venceu o Atlético, o Brasil era presidido por Dilma Roussef, que deixou o cargo três meses depois, após impeachment. De lá para cá, o país ainda teve Michel Temer, que sucedeu Dilma e Jair Bolsonaro, eleito em 2018. Minas Gerais era governado pelo petista Fernando Pimentel.

Na economia, os valores chamam a atenção. Hoje em dia, o dólar está cotado a R$ 5. Na época, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 3,48. O litro da gasolina estava R$ 3,78, enquanto nos dias atuais o combustível chegou a R$ 7,53 em média. O gás de cozinha custava R$ 55, bem abaixo dos R$ 114 atualmente. Um carro popular custava R$ 27.590, enquanto hoje, o mesmo modelo custa R$ 55.100.

Na cena esportiva, Real Madrid e Manchester United, Atlético de Madrid e Bayern de Munique estavam em disputa das semifinais da Liga dos Campeões daquele ano. Os dois clubes espanhóis fizeram a final com o título ficando com o Real Madrid, do astro Cristiano Ronaldo, que atualmente defende o Manchester United.

Na Fórmula 1, o alemão Nico Rosberg ganhava o Grande Prêmio da Rússia, seguido por Lewis Hamilton e Kimi Raikkonen no pódio. Rosberg seria o campeão da categoria naquele ano. Atualmente, o holandês Max Verstappen é o atual detentor do título da categoria, que tem o monegasco Charles Leclerc como líder da classificação em 2022.

Na cena cultural, as músicas '50 reais', de Naiara Azevedo, 'Infiel', de Marília Mendonça, e 'Tá tranquilo, tá favorável', de MC Bin Laden, lideravam as paradas de sucesso.

Além delas, Anitta emplacava a canção 'Blecaute', em parceria com Jota Quest, como a música do ano. Anitta é um exemplo para o América de que as coisas podem se repetir, mesmo com seis anos de diferença, já que atualmente ocupa o topo de visualizações e execuções da música 'Envolver' no Youtube e Spotify, respecitvamente.

Confira a ficha técnica da partida:

AMÉRICA 2 X 1 ATLÉTICO

Data: 01/05/2015 (domingo)

Horário: 16h (de Brasília)

Motivo: Final do Campeonato Mineiro

Local: Independência, em Belo Horizonte (MG)

Público: 7.188 pagantes

Renda: R$ 229.089,00

Árbitro: Dewson Freitas (Fifa/PA)

Assistentes: Eduardo Gonçalves Cruz (Fifa/MS) e Rodrigo Correa (Fifa/RJ)

Cartões amarelos: Alison (AFC)

Gols: Danilo aos 33 min do primeiro tempo; Danilo aos 5 min e Lucas Pratto aos 48 min do segundo tempo

AMÉRICA

João Ricardo, Pablo (Artur, aos 40 do 2º), Alison, Sueliton e Bryan; Claudinei, Leandro Guerreiro, Rafael Bastos (Ernandes, aos 32 do 2º), Osman e Tiago Luís (Danilo, aos 18 do 1º); Borges. Treinador: Givanildo Oliveira

ATLÉTICO

Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos (Carlos César, aos 19 do 2º); Rafael Carioca, Leandro Donizete, Patric (Lucas Pratto, no intervalo) e Hyuri; Robinho e Clayton (Cazares, aos 6 min do 2º). Treinador: Diego Aguirre.