A Justiça de São Paulo revogou o mandado de prisão temporária contra um dos oito torcedores da Mancha Verde investigados pela emboscada a ônibus da Máfia Azul em Mairiporã (SP). Um torcedor do cruzeiro morreu e outras 20 pessoas ficaram feridas, no ataque que contou com paus, pedras e incêndio.
O Ministério Público e a Polícia Civil concordaram com o pedido feito da defesa para soltar Henrique Moreira Lelis, 34,: o "Ditão Mancha". A argumentação foi de que ele estava em outro estado, no Rio de Janeiro, quando ocorreu o ataque.
Após a Justiça de Mairiporã, na Grande São Paulo, revogar a prisão de Lelis, que era apontado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público como um dos envolvidos na emboscada a dois ônibus da torcida do Cruzeiro em 27 de outubro, o governo de São Paulo decidiu trocar a delegacia que investiga o caso.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou nesta terça-feira (5), em nota para a reportagem, que a investigação deixou a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), que era a responsável, e passou para a 3ª Delegacia de investigações de Homicídios Múltiplos, da Divisão de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo a pasta, a nova delegacia "prosseguirá com inquérito policial, que investiga os crimes de homicídio, tentativa de homicídio, lesões corporais, incêndio e dano".
A revogação da prisão do palmeirense ocorreu após a reportagem revelar, na segunda-feira (4/11), que Lelis estava a 400 km da briga entre integrantes da Mancha Alviverde e da Máfia Azul que resultou na morte do motoboy José Victor Miranda, 30.