Segue a indefinição sobre a presença de torcida no jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, marcada esta quarta-feira (4/12), às 21h30 (de Brasília), no Mineirão. Devido ao impasse, a reunião protocolar que acontece antes dos jogos do Campeonato Brasileiro foi adiada.

O encontro, que deveria ter acontecido nesta segunda-feira (2/12) remotamente, passou para esta terça-feira (3/12), às 10h. Enquanto isso, o assunto pode ter reviravolta com alguma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Nesta reunião, são definidos alguns detalhes do evento, como, por exemplo, esquema de segurança. Participam os clubes envolvidos, administração do estádio, federações, Polícia Militar e outros órgãos.

A reportagem de O TEMPO Sports apurou que o caso não chegou às mãos do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Governo de Minas Gerais, através do vice-governador, Mateus Simões, acionou a Justiça comum para a partida ter a presença, pelo menos, de torcedores do time mineiro.

Neste momento, a situação é: não haverá torcida nas arquibancadas do Gigante da Pampulha no duelo, válido pela 37ª rodada. Decisão partiu da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e foi divulgada nesse domingo (1/12).

Entenda

Na madrugada do dia 27 de outubro, dois ônibus com integrantes da Máfia Azul, que retornavam de Curitiba, sofreram uma emboscada na rodovia Fernão Dias, na altura de Mairiporã, interior de São Paulo. Membros da Mancha Alvi Verde atiraram diversos artefatos nos veículos, e um deles foi incendiado.

Obrigados a saírem, cruzeirenses foram espancados. Ao todo, 17 pessoas ficaram feridas e um homem de 30 anos, natural de Sete Lagoas-MG, morreu. Facções são conhecidas pela rivalidade e por atos de violência.

Devido a isso, o governo do Estado mineiro e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendaram que o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, marcado para esta quarta-feira (4/12), às 21h30 (de Brasília), fosse com torcida única. Autoridades temem o reencontro de integrantes das facções.

O Palmeiras afirmou que não considerava a medida isonômica, visto que prejudicaria o time paulista, que briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Porco afirmou que, caso MG não tivesse poder de fornecer segurança, que o evento ocorresse em outro Estado.

Clubes

Tanto o Cruzeiro quanto o Palmeiras são contra a decisão de portões fechados. A agremiação mineira não concorda em ser punida mesmo sendo vítima da situação; enquanto a paulista critica o fato de as autoridades não garantirem a segurança das pessoas.