O Palmeiras, próximo adversário do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro, divulgou uma nota sobre a decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que determinou que a partida entre as equipes seja disputada com portões fechados. Raposa e Verdão se enfrentam na próxima quarta-feira (4), às 21h30, no Mineirão.  

"O Palmeiras acatará a decisão da entidade, tomada em favor da isonomia após o Ministério Público de Minas Gerais recomendar a realização da partida com torcida única do Cruzeiro, mas lamenta que as autoridades de segurança pública do referido estado não tenham apresentado um plano que pudesse garantir a presença de palmeirenses e cruzeirenses no estádio”, escreve a nota. 

O comunicado do clube paulista segue. “É inaceitável que um conflito entre organizadas ocorrido em uma rodovia (em um dia no qual nem Palmeiras, nem Cruzeiro entraram em campo) acabe por penalizar ambos os clubes, bem como todos os torcedores que pretendiam comparecer ao Mineirão para incentivar suas equipes em um jogo de caráter decisivo”, diz outro trecho. 

Na madrugada do dia 27 de outubro, dois ônibus com integrantes da organizada cruzeirense, Máfia Azul, que retornavam de Curitiba, sofreram uma emboscada na rodovia Fernão Dias, na altura de Mairiporã, interior de São Paulo. Membros da Mancha Alvi Verde, organizada do Palmeiras, atiraram diversos artefatos nos veículos, e um deles foi incendiado. 

Obrigados a saírem, cruzeirenses foram espancados. Ao todo, 17 pessoas ficaram feridas e um homem de 30 anos, natural de Sete Lagoas-MG, morreu. Facções são conhecidas pela rivalidade e por atos de violência. Temendo o reencontro das torcidas, tanto o governo de Minas Gerais quanto o Ministério Público, recomendaram que a partida não tivesse a presença de palmeirenses no estádio.   

O clube paulista então acionou a CBF solicitando a presença dos seus torcedores no Gigante da Pampulha. O clube paulista argumentou que a realização do embate apenas com celestes feriria o "princípio de isonomia". 

O Palmeiras finalizou a nota mostrando sua insatisfação com o Governo de Minas. “Não será com medidas paliativas que vamos coibir condutas criminosas; para tanto, além da aplicação de punições severas contra os infratores, faz-se necessário, também, um esforço maior do poder público”, reclamou o clube. 

Confira a nota palmeirense: