Num primeiro momento, Leonardo Jardim, novo técnico do Cruzeiro, com apresentação marcada para esta segunda-feira, vai dar sequência ao trabalho que está sendo feito pelo interino Wesley Carvalho, para, "com os treinos e o tempo, vamos incorporar nosso caminho", destacou, em entrevista a TV Cruzeiro, logo após o desembarque, no sábado (8), no aeroporto de Confins.

"Com certeza, a tática sempre vai visar uma equipe que joga para ganhar. Uma equipe de ataque equilibrada. Como diz o Wesley, atacando e marcando, que é uma expressão muito brasileira", adiantou. O primeiro desafio em campo será na quarta-feira, contra o Democrata-GV, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Jardim acompanhará o clássico, neste domingo, das arquibancadas.

Ele contou que foi para Portugal quando tinha três anos. Apaixonado por futebol, jogou até os 20. Então resolveu fazer faculdade de Educação Física. "Com 21 anos, comecei a ser assistente.Com 27, passei a chefiar as equipes técnicas", lembra o treinador, que passou por Chaves, Beira-Mar, Braga e Sporting.

"Depois me aventurei na Europa, começando por Grécia e Mônaco. Em seguida, fui para os países do Golfo Pérsico, na Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos. E agora, com esse convite do Cruzeiro, vim para a América do Sul, para o Brasil, que é um país que gosto muito. Já estive aqui mais de 20 vezes", registra.

Para Jardim, o Brasil é o maior país do mundo em talento futebolístico. "O Cruzeiro é um grande clube, tem uma torcida formidável e tem sempre ambições competitivas", assinala o português, que fez o "dever de casa", ao buscar conhecer a história do clube, citando o nome de Tostão.

"Sei que estiveram outros (técnicos) portugueses. Agora chegou a minha vez. Vai ser muito interessante", afirma. Um fator determinante para vir foi a internação hospital de sua esposa, após o Natal. Treinando nos Emirados, ele retornava a Portugal depois de cada jogo para acompanhá-la, situação que perdurou por 45 dias.

Ele pediu para rescindir o contrato com o Al Ain e, no início deste mês, surgiu a proposta do Cruzeiro. Ele só impôs a condição de esperar a saída da esposa do hospital. Sua lua-de-mel, por sinal, foi em Jericoacoara, no Ceará. "Conheço desde São Luís do Maranhão até São Paulo, mas é a primeira vez que estou em Belo Horizonte".