Durante a estreia do Cruzeiro no Brasileiro 2025, contra o Mirassol no Mineirão, a torcida Resistência Azul Popular estendeu uma faixa com os dizeres: "Justiça por Clara".
O protesto destacou a indignação com o assassinato da jovem de 21 anos, cujo caso envolve suspeitas de crimes de ódio e necrofilia.
Clara Maria Venâncio Rodrigues foi encontrada morta em 12 de março, enterrada na varanda de uma casa no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Dois suspeitos foram presos: Thiago Sampaio, ex-colega de trabalho que devia R$ 400 à vítima, e Lucas Pimentel, acusado de usar expressões nazistas. A polícia investiga ainda possível necrofilia durante os dias em que o corpo ficou no local. O caso segue sob investigação.
Feminicídio e ideologia nazista
Além da dívida, a motivação do crime inclui ciúmes e assédio. Thiago teria se irritado ao ver Clara com o namorado dias antes do assassinato.
Já Lucas foi repreendido pela vítima por discursos supremacistas. A Justiça decretou prisão preventiva para ambos, citando "extrema gravidade" e risco à ordem pública.
A torcida criticou a falta de denúncias prévias sobre os ideais dos acusados: "Combater o fascismo é não se calar", destacou a torcida organizada do Cruzeiro responsável pela faixa.
O sepultamento de Clara ocorreu em cerimônia restrita em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, no último dia 18.