O corte do atacante Dudu do elenco de Cruzeiro neste sábado (26 de abril), após reclamar publicamente de estar na reserva da Raposa, não é o primeiro episódio polêmico da carreira do jogador de 33 anos, revelado pela própria equipe celeste. Entre as várias situações, estão até mesmo agressões a mulheres, atritos com treinador e dirigentes, além de agressão a um árbitro.

Os episódios de agressão contra a ex-mulher Mallu Ohana aconteceram mais de uma vez. Em 2013, Dudu foi acusado de agredir Mallu e a sogra que tentou defendê-la. O caso aconteceu em Goiânia. Ele foi preso, pagou fiança de R$ 12 mil na época e foi liberado. Em 2015, Dudu teve que prestar serviços comunitários por causa das agressões. 

Em janeiro de 2020, as cenas se repetiram em São Paulo. Mallu procurou a polícia novamente para dizer que foi agredida com socos e chutes pelo jogador. As agressões teriam começado dentro do carro e se estenderam para a rua. Em janeiro de 2021, a Justiça concluiu o inquérito e inocentou Dudu.

Bem antes, em janeiro de 2011, quando defendia o Cruzeiro. Dudu acionou a polícia informando que o filho, um bebê de apenas quatro meses na época, teria sido sequestrado em Goiânia. A criança foi abandonada pouco tempo depois em um lote vago da cidade. Na época, a polícia chegou a investigar o caso como comunicação falsa de sequestro, principalmente depois da mãe do próprio jogador dizer que não acreditava em sequestro, já que não houve qualquer pagamento de resgate. O caso teria acontecido após desentendimento do jogador e a esposa.

Futebol

No âmbito esportivo, Dudu agrediu o árbitro Guilherme Cereta de Lima na final do Campeonato Paulista, em 2015, inconformado com uma marcação na partida contra o Santos. Ele pegou 180 dias de punição, pena que acabou reduzida a seis jogos algum tempo depois.

Em 2016, Dudu foi substituído por Cuca no Palmeiras e também reclamou publicamente. Os dois conversaram após o episódio, chegaram a um acordo e o atacante ostentou a faixa de capitão do time de Cuca, onde foram campeões brasileiros em 2016.

Na temporada passada, Dudu chegou a acertar sua vida ao Cruzeiro no meio do ano, foi anunciado pelo clube, mas acabou desistindo após euforia da China Azul e pressão dos torcedores do Palmeiras, que foram até sua casa em São Paulo. Esse não foi primeiro atrito do atacante e torcedores do Verdão, inconformados com algumas atuações do jogador no time. 

Atualmente, Dudu está sendo processado pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, por machismo, após saída conturbada do clube. Ao deixar o Verdão, Dudu teria proferido, pelas redes sociais, palavras ofensivas à dirigente, como "VTNC". Algum tempo depois, o atleta se justificou dizendo que VTNC significa, na verdade, "Vim trabalhar no Cruzeiro". Leia pede na Justiça R$ 500 mil de indenização é descarta qualquer acordo.