O Projeto de Lei 3319/2025, que abrange a retirada de cadeiras do Setor Amarelo do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, teve uma importante atualização nesta terça-feira (12/8). O texto, de autoria do deputado estadual Bruno Engler (PL), está finalizado para votação no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Em 9 de julho, o projeto foi aprovado em 1º turno e retornou à comissão de Administração Pública para parecer definitivo. Agora, é aguardada a marcação da votação em 2º turno e, se aprovado, seguirá para sanção do governador, Romeu Zema (Novo).
Em resumo, a nova lei estabeleceria que, nos estádios de futebol localizados no estado, poderão ser disponibilizados setores sem cadeiras para que os torcedores assistam às partidas em pé. Define também que os valores cobrados pelos ingressos nesses setores serão inferiores aos dos demais.
Amarelo sem cadeiras
Partes das torcidas organizadas do Cruzeiro, maior cliente do estádio Mineirão, iniciaram um movimento chamado "Amarelo Sem Cadeiras", cujo objetivo é retirar os assentos do setor citado. Iniciativa é benquista pelo clube mineiro e está em fase de análise pela Minas Arena, concessionária que administra o Gigante da Pampulha.
No fim de maio de 2025, houve uma audiência pública na Comissão de Participação Popular da ALMG para debater o assunto. Nela, ficou claro que todas as partes envolvidas tendem a colocar em prática a ideia.
Conforme a administração do Mineirão, estão sendo feitos estudos para viabilizar a mudança, que geraria impactos, por exemplo, no aumento de peso sobre a estrutura da arquibancada e no número de catracas e banheiros, por exemplo, levando em conta que a capacidade do estádio aumentaria. Caso ela aconteça, todos precisam ter ciência que, em algumas ocasiões, as cadeiras precisariam ser alocadas novamente, especialmente para a Copa do Mundo Feminina de 2027.
Seria necessária a aprovação de diversos órgãos, como governo estadual, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (COPCM-BH).