O Projeto de Lei 3319/2025, que visa a retirada de cadeiras do Setor Amarelo do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, foi aprovado em segundo turno durante votação no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) tarde desta quarta-feira (20/8).
O texto, de autoria do deputado estadual Bruno Engler (PL), agora precisa ser sancionado pelo governador Romeu Zema (Novo), que tem 15 dias a partir da aprovação para informar a decisão.
Em resumo, a nova lei estabelece que, nos estádios de futebol do estado, poderão ser disponibilizados setores sem cadeiras para que os torcedores assistam às partidas em pé. Além disso, os valores cobrados pelos ingressos nesses setores serão inferiores aos dos demais.
Visita de deputados
Deputados estaduais membros da Comissão de Esporte, Lazer e Juventude da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visitarão o Mineirão nesta quinta-feira (21/8). O objetivo é verificar a situação do gramado e da solicitação para retirada de cadeiras do setor Amarelo do estádio.
Foram convidados para a visita da comissão representantes da Minas Arena, Federação Mineira de Futebol (FMF), Câmara Municipal de Belo Horizonte, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), além de pessoas ligadas ao Cruzeiro. Clube celeste é o principal cliente do Mineirão.
Amarelo sem cadeiras
Partes das torcidas organizadas do Cruzeiro, maior cliente do estádio Mineirão, iniciaram um movimento chamado "Amarelo Sem Cadeiras", cujo objetivo é retirar os assentos do setor citado. A iniciativa é apoiada pelo clube e está em fase de análise pela Minas Arena, concessionária responsável pelo estádio.
No fim de maio de 2025, houve uma audiência pública na Comissão de Participação Popular da ALMG para debater o assunto. Nela, ficou claro que todas as partes envolvidas tendem a colocar em prática a ideia.
Conforme a administração do Mineirão, estão sendo feitos estudos para viabilizar a mudança, que geraria impactos, por exemplo, no aumento de peso sobre a estrutura da arquibancada e no número de catracas e banheiros, por exemplo, levando em conta que a capacidade do estádio aumentaria. Caso ela aconteça, todos precisam ter ciência que, em algumas ocasiões, as cadeiras precisariam ser alocadas novamente, especialmente para a Copa do Mundo Feminina de 2027.
A implementação da mudança requer a aprovação de diversos órgãos, como o governo estadual, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Iphan, Iepha e o Conselho do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte (COPCM-BH).