Enquanto diversos jogadores reclamaram das condições físicas após o jogo entre Bolívia e Brasil, na noite dessa terça-feira (9/9), Fabrício Bruno foi diferente. O zagueiro do Cruzeiro, que atuou durante os 90 minutos em El Alto, cidade que fica a mais de 4 mil metros de altitude, revelou que não sentiu o impacto do ar rarefeito.
"Ao nível físico, para mim, tranquilaço. Eu me senti muito bem durante os 90 minutos. Terminei o jogo bem. Não senti tudo o que é falado pela atitude. Sou um atleta muito privilegiado fisicamente", afirmou o defensor, que fez dupla de zaga com Alexsandro, do Lille.
Para o atleta, a seleção encontrou mais problemas com a partida em si, que terminou com derrota por 1 a 0. "É difícil falar sobre qualidade de jogo porque a altitude impõe muita dificuldade com a bola. Sem dúvida nenhuma, com relação à posse, deixamos a desejar, até pela velocidade que a bola corre. Mas conseguimos nos adaptar", explicou.
Lateral-direito titular do Brasil na Bolívia, Vitinho, do Botafogo, revelou preocupação com a respiração. “Foi bem difícil, dei dois sprints no começo que já comecei a abafar. Depois já fiquei mais cauteloso, sabíamos do time deles, jogadores que jogavam na Bolívia. Isso atrapalhou muito. Estou tossindo muito ainda, fiquei meio zonzo dando uns sprints, mas já usei o balão de oxigênio, consegui melhorar um pouco”, contou.
Logística
Visando diminuir ao máximo o desgaste do zagueiro, que retornou ao país com a delegação imediatamente após o jogo, o Cruzeiro fretou um avião para buscar Fabrício Bruno no Rio de Janeiro. Ele chegou a Belo Horizonte na manhã desta quarta-feira (10/9), onde a equipe celeste fará seu último treinamento antes de enfrentar o Atlético.
O clássico mineiro está marcado para esta quinta, às 19h30, no Mineirão, e é válido pela volta das quartas de final da Copa do Brasil. Autor de gol na vitória por 2 a 0 na ida, na Arena MRV, o camisa 15 deverá ser titular novamente.