A renúncia coletiva desejada por Dalai Rocha, presidente do conselho deliberativo do Cruzeiro, e boa parte da torcida celeste, não vai acontecer. O mandatário Wagner Pires de Sá e o primeiro vice-presidente, Hermínio Lemos, aceitam deixar a Raposa, dependendo do resultado de negociações com três empresários que estão interessados em assumir o comando do clube. Já o segundo vice-presidente, Ronaldo Granata, não irá renunciar.
Em entrevista exclusiva ao Super.FC, Granata afirmou que não vai deixar o cargo porque não faz parte do grupo de Pires de Sá e não trabalhou na gestão, justamente por criticá-lo e ter opiniões diferentes. Disse, ainda, que o presidente estrelado está tentando atrelar as renúncias, o criticou duramente e garantiu não ter qualquer tipo de interesse financeiro para seguir no Cruzeiro.
"Não tenho interesse financeiro nenhum no Cruzeiro. Minha família sempre contribuiu com o Cruzeiro. Nunca recebemos salários nem empregamos parentes lá. É uma jogada do presidente de vincular a renúncia dele com a minha. A renúncia dele é uma decisão pessoal dele. O segundo na linha sucessória, o vice Hermínio (Lemos), é uma decisão pessoal dele também. O presidente tem que tomar essa decisão sozinho. Ele precisa parar de vincular a renúncia dele com a minha", afirmou.
"Ele nunca me consultou para nada, nunca pediu minha opinião para nada. Agora que ele está sendo trucidado e caindo do penhasco quer cair de braços dados com alguém? Ele que vá sozinho e tome as decisões por conta própria. Porque, apesar de ser um bêbado, ele é maior de idade", atacou.
Confira mais da entrevista exclusiva com Ronaldo Granata em novas matérias no site e também no jornal O Tempo desta quarta-feira (18)