Apontado como um dos responsáveis pela derrocada do Cruzeiro no campo financeiro e administrativo, o ex-diretor geral do clube celeste, Sérgio Nonato foi excluído do quadro de sócios por inadimplência, já que não realizou o pagamento de mensalidades desde o mês de dezembro. Ele já havia sido excluído do quadro de conselheiros, como aponta a mesa diretora, por não ter apresentado seu nome para a última eleição de novos membros do colegiado.
A informação da exclusão pelo não pagamento de parcelas do quadro de associdados foi trazida pelo Superesportes. Todavia, em contato com o Super.FC, Sérgio Nonato apontou que também já tinha pedido para deixar sua posição como sócio do clube estrelado.
"Eu já tinha pedido para sair disso há muito tempo. Pedi lá atrás. Não queria mais fazer parte disso", destacou o ex-diretor geral.
Por não ter mais interesse na sequência como associado e já ter apresentado seu pedido de exclusão, Sérgio Nonato então deixou de pagar as parcelas. Maurício Marques da Silva, membro da mesa diretora do conselho do Cruzeiro, destacou à reportagem que também soube do pedido de exclusão de Serginho do quadro de sócios e que se esta baixa não foi dada há mais tempo é porque algum erro administrativo teria acontecido no processo.
O histórico de Serginho no Cruzeiro
Serginho foi um dos principais articuladores da gestão Wagner Pires de Sá, exercendo papel fundamental na campanha que levou o então ex-presidente ao cargo de mandatário no fim de 2017. Ex-comentarista esportivo, ele iniciou sua trajetória administrativa na Raposa em janeiro de 2018, quando assumiu o cargo de diretor de comunicação. No primeiro semeste da nova gestão, no entanto, foi alçado ao cargo de diretor geral, sendo um dos homens de confiança de Wagner Pires ao lado de Itair Machado.
Quando das denúncias apresentadas no Fantástico, da Rede Globo, Serginho passou a ter um novo cargo dentro do Cruzeiro, o de assessor especial da presidência, mas voltou ao cargo de diretor geral até pedir demissão em outubro de 2019. Ele continuou ligado ao conselho do clube, tanto que chegou a votar em maio do ano passado na eleição para presidente do Cruzeiro. Na ocasião, foi xingado por torcedores do Cruzeiro que estavam no Barro Preto e precisou ser escoltado pela PM.
A trajetória dos salários de Serginho no Cruzeiro
Sérgio Nonato começou no Cruzeiro recebendo cerca de R$ 60 mil reais, mas conforme documentos teve o valor reajustado após duas semanas, com luvas de R$300 mil e um novo contrato com aumento e participação em premiações. Até o final de 2018, o ex-comentarista esportivo havia recebido cerca de R$1,9 milhão do Cruzeiro. Na época, o portal Yahoo! Esportes detalhou esses valores e mostrou que o, então Diretor Geral, embolsava em média 158 mil reais mensais. O Cruzeiro ainda teria que desembolsar R$1 milhão em caso de demissão do dirigente.