O novo sócio majoritário do Cruzeiro, Pedro Lourenço, adquiriu 90% das ações da SAF do clube, resultando em mudanças significativas no departamento de futebol da Raposa. Com a saída de Pedro Martins para o Vasco, o diretor de futebol Alexandre Mattos foi anunciado como seu substituto, retornando à Toca, onde teve papel fundamental na formação do elenco bicampeão brasileiro em 2013 e 2014.
"O Cruzeiro jogou ele para o mundo do futebol e aí se tornou campeão por onde passou. Só que é outro momento, ele rodou e rodou no Brasil, fez alguns bons trabalhos, outros nem tanto, que é do futebol, e de repente também cai para ele um Cruzeiro que está voltando, se organizando", analisou o ex-jogador Tinga, em entrevista a O TEMPO Sports.
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Hoje com 46 anos, Tinga encerrou sua carreira no Cruzeiro em 2014. Foram três temporadas na Raposa, 59 jogos, dois gols marcados e a conquista de dois Brasileiros, além de um título do Estadual. O ex-meio-campista estava no clube e acompanhou a chegada de Alexandre Mattos na primeira passagem, após deixar o América.
"Acho que isso também facilitou para que eu pudesse, de alguma forma, ajudar. Mesmo sendo jogador. Porque ele estava vindo de um time, que por mais que a gente respeite o América, não é um Cruzeiro. O Alexandre nunca tinha lidado com jogadores como o Júlio Baptista, como o Léo, como o Fábio, como o Dagoberto, como o Borges, como o Ceará. Então, não é fácil", relembrou o ex-jogador.
Sobre o novo desafio de Alexandre Mattos no Cruzeiro, Tinga acredita que o momento é propício para um bom trabalho do dirigente. "O mercado tava diminuindo pra ele, que é natural quando tu roda bastante. E eu acho que para o Cruzeiro também é bom ter um cara que conhece o clube", concluiu.