Diretor do Mineirão fala sobre escalada da violência: 'temos que agir rápido'

Ao longo das últimas semanas, cresceu o número de relatos, principamente nas redes sociais, sobre casos de roubos, assaltos e importunação sexual nas dependências do Mineirão nos dias de jogos e demais eventos. Na manhã desta quinta-feira (7), o diretor da Minas Arena, Samuel Lloyd, falou ao jornal O TEMPO sobre as questões de segurança e detalhou quais as medidas precisam ser tomadas pela direção do estádio, em parceria com os clubes, para minimizar os riscos.

O diretor afirma que a gestão do estádio tem ciência do aumento dos casos de violência nos últimos jogos, mas garante que as decisões para cercear as ações criminosas precisam ser tomadas em conjunto.

“Tomamos ciência da escalada da violência nesses últimos jogos, e a questão de violência e criminalidade é algo que precisa ser abraçada no coletivo. Temos que agir rápido, todos nós. O Mineirão pode liderar essa jornada junto aos órgãos de segurança, organizadores das competições e os clubes, mandantes e visitantes, para que a gente coíba atos criminosos, como furtos e importunação sexual, que nesse período pós pandemia, com a volta do público, percebemos um aumento. O que a gente vai fazer, como prioridade, é, nas reuniões da federação (que ocorrem antes de todos os jogos), discutir os esquemas táticos a fundo com todos os participantes”, afirmou Lloyd.

Em dias de jogos, a segurança interna do estádio fica a cargo de empresas de segurança privada, sem envolver a polícia militar. De acordo com o diretor, a decisão pelas responsáveis é compartilhada.

“A parte da contratação da segurança é uma questão compartilhada. O pagamento é feito pelos clubes, o planejamento da segurança é feito pela nossa equipe, mas os clubes também podem participar desses eventos. Também é discutido nas reuniões da federação, que ocorrem antes das partidas junto aos órgãos de segurança", comentou o gestor do Gigante da Pampulha.