Os atletas russos e bielorrussos foram autorizados a disputar os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim, que começam na sexta-feira (4), apesar do conflito na Ucrânia, anunciou o Comitê Paralímpico Internacional (CPI).

Embora existisse a possibilidade de exclusão dos atletas dos dois países, CPI decidiu permitir sua participação sob a bandeira neutra.

Os atletas dos dois países competirão sob a bandeira paralímpica e não serão incluídos no quadro de medalhas, segundo a entidade.

A Ucrânia é cenário de uma ofensiva ordenada na semana passada pelo presidente russo Vladimir Putin, que virou uma invasão em larga escala.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou na segunda-feira às federações que excluíssem os atletas russos e bielorrussos de todas as competições. 

A dúvida sobre a participação dos representantes dos dois países nos Jogos Paralímpicos era provocada pela proximidade do evento, que acontecerá de 4 a 13 de março.

Outra dúvida gerada pelo conflito é sobre a dificuldade que os atletas paralímpicos ucranianos estão passando para chegar à China.

O espaço aéreo ucraniano está fechado e o transporte terrestre enfrenta problemas desde o início da invasão russa. 

"Fazer com que a delegação ucraniana chegue a Pequim será um desafio gigantesco", afirmou na semana passada o brasileiro Andrew Parsons, presidente do CPI. 

O Comitê Paralímpico Ucraniano afirmou na terça-feira que seus 29 atletas, nove deles guias, viajariam aos Jogos.