Dois dos maiores nomes do ciclismo nacional, na elite masculina e feminina, confirmaram seu favoritismo e levaram para casa o prêmio de campeões da etapa de Araxá da Copa Internacional Michelin de mountain bike. O evento chegou, em 2022, a 19ª edição seguida. 

Entre os homens, não havia nome mais cotado do que Henrique Avancini, que já havia levado, no sábado, a prova de cross-country. Entre as mulheres, a vitória, nas duas provas, ficou com Raíza Goulão. 

Esta foi a nona vez seguida e a 15ª na história (contando categorias de base) que Avancini levou o troféu de campeão em Araxá, uma prova que tem presença certa em seu calendário, recheado de provas internacionais. 

Além do ambiente favorável, com uma torcida presente e participativa, Araxá vale pontos para o ranking mundial e atrai atletas de diversos países.

Avancini, antes das disputas do final de semana, ocupava a 4ª colocação do ranking UCI (União Ciclística Internacional). A conquista deve fazer o atleta da equipe Cannondale Factory Racing subir ainda mais no ranking. 

O atleta completou as seis voltas desse domingo com o tempo de 1 hora 25 minutos e 46 segundos. O segundo colocado foi José Almeida e o terceiro Guilherme Muller.

“Araxá deve ser o lugar onde mais competi na minha carreira. Venci acho que seis vezes nas categorias e hoje venci pela nona vez consecutiva na elite. Isso é bem difícil, um feito que me orgulho bastante. Já tive grandes disputas aqui, com diversos atletas diferentes, e sempre consegui de alguma forma tirar forças para as vitórias. As vezes não tão bem, as vezes não tão em boa forma. Já competi doente, mas aqui sempre me dá uma vontade e uma força extra para conseguir no final a vitória”, comemora Avancini.

Antes de vencer em Araxá nesse final de semana, Avancini vinha de vitória na Taça Brasil disputada em Goiânia, no domingo anterior. 

Raiza comemora vitória no feminino

Mesmo sem estar no mesmo nível internacional de Avancini, Raiza é considerado uma referência do mountain bike brasileiro pelo crescimento nos últimos anos. Em Araxá, ela travou boa disputa com Hercília Najara, com as duas sobrando em relação ás rivais. 

"Estou bem feliz. Fico muito orgulhosa pela vitória e também isso me motiva pelo nível das mulheres subindo. Parabéns para a Hercília, pois conseguimos nos destacar. É bom andar com uma atleta de alto nível na descida. São pontos muitíssimos importantes pra mim. Isso me dá uma motivação extra por assumir a liderança ao ser a melhor brasileira na UCI. Isso prova o porque que fiz uma tatuagem, a fênix, que ressurge das cinzas. É minha história e eu agradeço a todos que estão comigo. Essa vitória acho que é o início de uma nova era da Raiza", destaca. 

Top 10 das super elites em Araxá

Feminina

1. Raiza Goulão - 1:29.35
2. Hercília Najara - 1:31.00
3. Letícia Cândido - 1:31.50
4. Maria Fernanda Castro (CHI) - 1:33.55
5. Isabella Lacerda - 1:37.02
6. Maria Trinidad Moreno (CHI) - 1:38.31
7. Yarela Obando (CHI) - 1:38.53
8. Karen Olímpio - 1:39.16
9. Liege Silva Walter - 1:40.24
10. Sabrina Silva - 1:41.15

Masculina

1.Henrique da Silva Avancini - 1:25.46
2. José Gabriel Marques - 1:27.01
3. Guilherme Muller - 1:27.33
4. Jhonnatan Botero  (COL) - 1:28.21
5. Luiz Cocuzzi - 1:28.33
6. Juan Fernando Monroy (COL) - 1:30.43
7. Ulan Bastos - 1:32.07
8. Jerónimo Botero (COL) - 1:32.16
9. Rubens Valeriano - 1:32.31
10. Flávio Neto - 1:32.35