O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se reuniu com Ronaldo Fenômeno, Eric Trump, filho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outras personalidades na noite desta segunda-feira (7), para apresentar o troféu do Mundial de Clubes.

Após passar pelas cidades de todos os 32 clubes do Mundial, a taça chegou a Nova York e ficará cinco dias exposta no átrio da Trump Tower das 10h às 17h (horário local), desta terça (8) até sábado (12), véspera da final da competição, marcada para o MetLife Stadium, em East Rutherford.

Infantino anunciou a abertura de um escritório de representação da Fifa na Trump Tower, após a inauguração dos escritórios da entidade em Miami, que abrigam a Divisão Jurídica e de Conformidade, além de colegas envolvidos na execução operacional do Mundial e da Copa do Mundo de 2026.

O arranha-céu foi construído no início da década de 1980 e usado por Trump para estabelecer uma imagem pública de empreendedor de sucesso.

"A Fifa é uma organização global e, para ser global, é preciso ser local, é preciso estar em todos os lugares, então precisamos estar em Nova York, não apenas para o Mundial e para a Copa do Mundo do ano que vem. Precisamos estar em Nova York também no que diz respeito à localização dos nossos escritórios", justificou o presidente da Fifa.

O cartola que comanda a entidade máxima do futebol distribuiu sorrisos e agradecimentos ao presidente Trump e ao seu filho. "É fato que recebemos um grande apoio do governo e do presidente, por meio da força-tarefa da Casa Branca, para o Mundial de Clubes e para a Copa do Mundo no ano que vem", afirmou ele.

"Assim como o apoio das autoridades locais em Nova York, Nova Jersey, e em todas as cidades-sede, tem sido incrível, e isso contribuiu, é claro, para tornar o Mundial um sucesso", acrescentou o dirigente.

Conforme Infantino, mais de 2,26 milhões de torcedores de 168 países foram aos estádios assistir às partidas da competição, que entrou em sua reta final nesta semana.

Fluminense e Chelsea fazem a primeira semifinal nesta terça (8). Na quarta (9), Real Madrid e Paris Saint-Germain se enfrentam. Ex-gestor da SAF Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno usou tom bem-humorado para exaltar a competição: "O torneio chegou um pouco tarde, presidente. Eu realmente gostaria de ter jogado", brincou.

Infantino diz que a Fifa quer "unir o mundo" e que o planeta precisa de paz "nestes tempos difíceis". Ele ignorou, porém, que a tensão se elevou durante o Mundial e causou problemas políticos à Fifa justamente por causa de Trump, de quem é aliado, depois que o governo americano atacou três instalações nucleares iranianas há duas semanas. "É muito importante mostrarmos que as pessoas podem se unir em uma atmosfera pacífica e celebrar juntas a beleza do jogo", acrescentou o cartola.

Representando o presidente americano, Eric Trump disse estar "honrado e entusiasmados com tudo o que a Fifa está fazendo", em um evento que incluiu membros do Conselho da Fifa, o secretário-geral da Fifa, Mattias Grafström, e ex-jogadores que são embaixadores da entidade, casos, por exemplo, dos também brasileiros Cafu e Gilberto Silva. (Ricardo Magatti)