O Botafogo repudiou a manifestação feita por torcedores na noite desta quarta-feira (17 de julho) no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. Eles "enforcaram" bonecos com os rostos de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e de Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Botafogo e Palmeiras se enfrentam às 21h30 pelo Campeonato Brasileiro.

"O Clube tem como pilar fundamental de suas relações o respeito por seus adversários e entende que o futebol não pode aceitar ou dar espaço para qualquer tipo de violência. Que os responsáveis sejam identificados e punidos pelas autoridades", disse o clube carioca, em nota.

Ainda de acordo com o Botafogo, a polícia foi acionada pelos dirigentes. Os bonecos foram colocados próximos ao setor visitante do estádio Nilton Santos, local da partida entre as equipes. "O Estádio Nilton Santos é um símbolo marcado pela promoção do esporte, do espetáculo e que preza pela harmonia entre os torcedores, motivo pelo qual o Botafogo reafirma a sua indignação com o episódio", acrescentou o Botafogo.

O Palmeiras e a CBF ainda não se manifestaram oficialmente. A reportagem será atualizada com os posicionamentos.

Rivalidade

A manifestação feita pelos torcedores alvinegros é mais um episódio da rivalidade entre Botafogo e Palmeiras, que aumentou após o Campeonato Brasileiro de 2023. A equipe carioca, que passou a maior parte da competição na liderança, foi ultrapassada pelo alviverde nas rodadas finais. A equipe paulista ficou com o título do campeonato.

A reação palmeirense se acentuou após um confronto contra o Botafogo. A equipe carioca vencia a partida por 3 a 1, mas sofreu a virada, mesmo jogando ao lado do seu torcedor, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O confronto terminou com o placar de 4 a 3.O dono da SAF do Botafogo, o estadunidense John Textor, disse que a partida foi manipulada, com interferência do VAR. As acusações motivaram a CPI da Manipulação, no Senado Federal.  

No dia 5 de julho, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) classificou como "imprestáveis" as provas apresentadas por Textor. O inquérito, aberto pelo STJD, foi concluído e encaminhado à Justiça do Rio de Janeiro sob a justificativa de que as acusações se tratam de delitos criminais. O auditor recomendou a suspensão do estadunidense do futebol por seis anos e a aplicação de uma multa de R$ 2 milhões.