O título da Libertadores do Corinthians completa 13 anos nesta sexta-feira (4). Para comemorar, os jogadores do Timão naquela campanha entrarão no campo do Pacaembu novamente neste sábado (5), às 15h (de Brasília), para enfrentar os veteranos do Boca Juniors, adversário naquela decisão, no jogo comemorativo "Reencontro de Gigantes". Sheik, herói da conquista, estará no evento.

➡️Veja como comprar ingressos para o reencontro entre Corinthians e Boca

O ex-jogador marcou dois gols na vitória do Timão por 2 a 0 sobre o Boca Juniors, na noite de 4 de julho de 2012, vitória que garantiu o título continental ao clube alvinegro. Emerson Sheik esteve no Pacaembu nesta sexta-feira (3), onde concedeu entrevista coletiva ao lado de Alessandro e Tite.

Campeão Brasileiro por Flamengo e Fluminense, o carioca de Nova Iguaçu conta que a consolidação da sua carreira foi vestindo a camisa do Corinthians.

— É difícil falar do Corinthians. Volto ao Brasil com 30 anos de idade, para o Flamengo, onde fui muito bem recebido. Depois passei pelo Fluminense, marcando gol do título brasileiro. Quando cheguei ao Corinthians em 2011, senti que seria diferente. A chegada foi calorosa, fui bem recebido pelos funcionários, diretoria, comissão e torcida. Virei verdadeiramente o Emerson Sheik depois do Corinthians — disse o ex-atacante.

Emerson Sheik teve três passagens pelo Timão: entre 2011 e 2013, em 2015 e, por fim, em 2018. O atacante disputou 196 partidas pelo Corinthians, marcou 28 gols e conquistou sete títulos: dois Campeonatos Paulistas, dois Brasileirões, uma Libertadores, um Mundial de Clubes e uma Recopa Sul-Americana.

Agradecimento ao Tite

Sheik foi treinado por Tite na primeira e segunda passagem pelo Corinthians. Durante a coletiva, o ex-atacante se emocionou ao falar da importância do técnico em sua vida, profissional e pessoal. Em certo momento, deixou de lado sua personalidade irreverente e fez uma declaração ao ex-comandante.

— Tenho 700 mil histórias. Estávamos comentando antes, falei de 2012, que tudo o que eu via dentro de campo, era distinto do que eu vivia fora. Era solteiro, aprontei muito. E vivi momentos fantásticos com o professor Tite. Cresci profissionalmente, me tornei uma pessoa mais responsável. Me tornei um filho melhor, um irmão melhor, um pai melhor. Gravei o nome dele como 'pai Tite'. O esporte precisa muito do senhor. O senhor é capaz de modificar a história de pessoas humildes, não foi só comigo. Nós vimos o senhor puxando a orelha de muita gente, mas só queria nosso bem. Depois que percebi isso, minha vida decolou de uma maneira inacreditável — disse o ex-jogador.

Ótimas lembranças

Com passagens pelo futebol árabe, Sheik só ganhou notoriedade no Brasil aos 30 anos, quando defendeu o Flamengo. O atacante é lembrado até hoje pelos dois gols contra o Boca Juniors, no Pacaembu. Hoje em dia, revela que até sente desconforto pelo rótulo de "herói" e prefere dividir o mérito com os colegas.

— Após o jogo, eu sabia que seria lembrado pelos gols. Mas, não podia deixar de dividir com o elenco. Fiz os gols como qualquer outro poderia fazer. Foi um momento mágico, acabei sendo o cara que decidiu o jogo. Mas, a emoção maior foi o título. Fico até desconfortável, não acho justo deixar de dividir com o grupo. Se não fosse a contribuição de todos, o Corinthians não seria campeão — disse o ex-atacante.

Tite Corinthians
Tite comandou o Corinthians no título da Libertadores de 2012 (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)