Exemplo

Associação Paraguaia pagou salários e atrasos de 4 divisões durante pandemia

APF arcou até com vencimentos atrasados e chegou a depositar valores diretamente nas contas dos atletas

Por Gabriel Pazini
Publicado em 24 de junho de 2020 | 08:30
 
 
 
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Se no Brasil, a realidade da maioria dos clubes durante a paralisação por causa da pandemia do novo coronavírus é de salários atrasados, contas vencidas e problemas, no Paraguai, a Associação Paraguaia de Futebol (APF) interferiu para evitar esse cenário.

No país vizinho, a entidade máxima do futebol paraguaio bancou os salários de todos os jogadores da primeira divisão e outras três divisões do país durante a pandemia. Além disso, a APF bancou também os vencimentos que estavam atrasados, inclusive do General Díaz, clube que estava com seis meses de débitos. Nesse caso, ocorreu um fato curioso, com a APF depositando os valores diretamente nas contas dos atletas.

Parte do dinheiro usado pela entidade veio da Conmebol e a APF repassou o valor para os clubes pagarem os salários, além de usar dinheiro dos seus próprios cofres. Com a ação da APF, todos os jogadores da elite, da segunda divisão e das Divisionales B e C estão com os vencimentos em dia. Foram investidos 10,8 bilhões de guaranís (cerca de R$ 8,64 milhões)  para a primeira divisão, sendo R$ 720 mil para cada um dos doze clubes. Nas divisões de acesso, a APF investiu 6 bilhões de guaranís (R$ 4,8 milhões).

O futebol no Paraguai, aliás, voltará já em 17 de julho com um protocolo rígido por causa da pandemia. Os treinos voltaram em 10 de junho e o país já está voltando, aos poucos, a ter um pouco de normalidade. Na última segunda-feira (15), academias, centros esportivos, bares e restaurantes foram reabertos. Ingressos para teatros e drive-ins também estão liberados, assim como cerimônias religiosas. Obviamente, tudo com capacidade limitada, uso de máscara e distanciamento social.

As medidas rígidas de quarentena e o isolamento social preventivo deram ótimos resultados no Paraguai, que teve apenas 1.379 casos e 13 mortes pelo novo coronavírus. No último mês, foram apenas dois óbitos.

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