Mata-mata

Brasil x Chile: onde ver, possíveis times, arbitragem e tudo sobre o jogo

Equipes se encontram pelas quartas de final da Copa América; chilenos são fregueses históricos, mas seleção não quer se ater aos números

Por Josias Pereira
Publicado em 02 de julho de 2021 | 06:00
 
 
 
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Depois de uma fase de grupos fraca, com muitos problemas estruturais, acúmulo de casos de Covid-19, penalizações absurdadas aplicadas pela Conmebol e oito dos dez times classificados ao mata-mata, a Copa América 2021 chega às quartas de final com a esperança de jogos mais empolgantes. Peru e Paraguai vão abrir a disputa nesta sexta-feira (2), às 18h, no estádio Olímpico, em Goiânia, mas as atenções estarão voltadas para o jogo das 21h, quando a seleção brasileira encara o Chile, no criticado Nilton Santos, no Rio de Janeiro. 

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Será o confronto do atual campeão da Copa América contra um Chile que ainda convive com os resquícios de um bicampeonato recente do torneio continental, inclusive com jogadores marcantes naquelas conquistas, mas está longe de ser o que já foi. Enquanto o Brasil chega às quartas na liderança da chave B, com três vitórias e um empate, os chilenos só venceram uma partida e foi para cima da fraca Bolívia, que pese os empates contra Uruguai e Argentina em jogos bem 'chatos' de se acompanhar, o time vem sofrendo ainda com certos comportamentos internos complicados, envolvendo até o atleticano Eduardo Vargas, um dos nomes de 'La Roja' nesta Copa América de pouco brilho. 

Porém, mediante a todo um cenário que desenha a seleção brasileira como favorita, Tite é cauteloso, assim como o auxiliar César Sampaio. 

"O Chile é bicampeão da Copa América, nas duas anteriores ao que o Brasil foi campeão em 2019", sintetizou o comandante brasileiro ao definir o confronto. 

"O Chile é uma equipe que tem jogadores experientes, a base do último confronto que fizemos pelas Eliminatórias, jogadores acostumados a performar em adversidades, jogadores de renome internacional, uma equipe que tem em seu setor de meio-campo a imposição técnica, tem dois empates consideráveis contra Uruguai e Argentina. Enfim, são todos os numeros que devemos considerar quando analisamos essas equipes. Algumas variações táticas também que estamos nos atentando para este cenário e preparando a melhor estratégia possível para neutralizar os pontos fortes da equipe do Chile, daquilo que a gente entende ser o ideal para performar", alongou-se mais na resposta César Sampaio. 

O vencedor de Brasil e Chile vai pegar quem passar de Peru e Paraguai nas semifinais da Copa América, em jogo programado para o dia 5 de julho, às 20h, também no Nilton Santos, o Engenhão. 

Freguesia histórica

O Brasil tem uma ampla vantagem sobre os chilenos em confrontos no histórico. O site 'Ogol' lista 72 partidas, com 50 vitórias da seleção, contra apenas oito dos chilenos e outros 14 empates. Dentro do Brasil, os números são ainda mais impressionantes. A Canarinho jamais perdeu para os chilenos em 28 jogos, com 21 vitórias e sete empates. Quando o assunto é Copa América, o Brasil ganhou os últimos quatro jogos contra o Chile. Os brasileiros marcaram 11 gols nesse intervalo e sofreram apenas um. Até defensivamente os números são expressivos em edições de Copa América quando o assunto é enfrentar os chilenos. O Brasil não sofreu gols em três dos últimos quatro jogos contra o Chile na competição. A última vez que o Chile marcou mais de um gol contra o Brasil no torneio foi em 1993, quando os vizinhos venceram a seleção por 3 a 2. 

Obviamente, todo esse desempenho é favorável. Tite participou de apenas um jogo contra os chilenos neste histórico de resultados positivos, foi um 3 a 0 pelas Eliminatórias para a Copa de 2018, no dia 10 de outubro de 2017. Ou seja, quatro anos depois, as duas seleções voltarão a se encontrar. E é, por isso, que o peso do retrospecto não ilude Tite, que sequer julga a partida como uma preparação para a Copa do Mundo devido ao esvaziamento da Copa América. A vantagem brasileira será mais uma vez colocada à prova diante dos chilenos e todo cuidado é pouco. 

"Eu, sinceramente, não estou pensando em Copa do Mundo agora não. Estou pensando neste jogo especificamente, na Copa América, em poder merecer mais que eu falei, técnico, tático, físico, que o adversário, porque ele tem merecimento. De reconhecer virtudes, porque o adversário tem, um bicampeão da Copa América contra o atual campeão. Então tem uma grandeza do jogo que é muito maior", salientou o treinador. 

Dúvidas no time

O Brasil não repetiu a mesma escalação em nenhum dos jogos da Copa América. Alguns nomes são fixos no elenco como Neymar, Casemiro, Danilo e Marquinhos, mas nem o goleiro é uma certeza, já que Tite vem promovendo um rodízio entre os nomes e tem evitado falar se pretende ter um nome fixo no setor.

Lateral-esquerda é preocupação 

Com um trauma na região da bacia, o lateral-esquerdo Renan Lodi segue como dúvida na seleção brasileira. Ele vem realizando um tratamento específico para saber os próximos passos de sua recuperação. Tite, todavia, destacou que o atleta treinou nessa útlima quarta-feira e ainda falou sobre Alex Sandro, que tornou-se outra dúvida após acusar um desconforto muscular e não ter participado da última atividade. Chegou-se a falar sobre Danilo atuando no setor. 

"Informações verdadeiras são a melhor prevenção. O Lodi treinou e hoje o Alex Sandro vai ser avaliado em uma situação melhor e será posicionado para vocês", disse o treinador. 

Ficha técnica 

Brasil x Chile 

Motivo: quartas de final da Copa América 2021
Horário: 21h
Local: Nilton Santos, o Engenhão, no Rio de Janeiro
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Árbitro de vídeo: Andrés Cunha (URU)
Transmissão: SBT e ESPN

Brasil 

Alisson; Danilo, Éder Militão (Thiago Silva), Marquinhos e Alex Sandro (Renan Lodi); Casemiro, Fred e Lucas Paquetá (Firmino); Richarlison, Neymar e Gabriel Jesus.

Chile 

Bravo, Isla, Medel, Maripán e Mena; Pulgar, Aranguiz, Vidal e Brereton (Palacios); Meneses e Vargas. Técnico: Martín Lasarte.

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