Processo criminal

Caso Daniel Alves: vítima processará mãe do atleta após divulgação de sua imagem

Lúcia Alves, mãe do lateral brasileiro, divulgou vídeo em que mostra a suposta vítima de estupro se divertindo em festas; caso corre sob segredo de Justiça

Por Agências
Publicado em 04 de janeiro de 2024 | 18:15
 
 
 
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Lúcia Alves, mãe do jogador Daniel Alves, divulgou nesta terça-feira (2) a suposta identidade da mulher que acusa seu filho de estupro em uma boate na cidade de Barcelona, na Espanha, em dezembro 2022. Na publicação, a mãe do lateral-direito, que está preso aguardando julgamento, marcado para o dia 5 de fevereiro, expôs vídeos da jovem que o acusa de estupro se divertindo em festas. O caso corre sob segredo da Justiça espanhola e, por este motivo, a mulher decidiu entrar com uma queixa e processar Lúcia.

A informação é do jornal El Periódico. A mãe do lateral-direito questionou se ela estaria de fato traumatizada após o incidente, ao mencionar que ela busca compensação financeira por parte de Daniel Alves.

Lúcia compartilhou imagens e vídeos da jovem se divertindo em bares e festas recentemente. O incidente ganhou destaque na mídia internacional, uma vez que, até o momento, a identidade e a imagem da mulher não haviam sido divulgadas.

Quando iniciou as investigações, o 15º Tribunal de Instrução de Barcelona determinou que nenhuma imagem ou identidade da suposta vítima fosse divulgada. Desta forma, a mãe de Daniel Alves, que reproduziu o vídeo, pode estar exposta a processos criminais pela divulgação de um material que corre sob segredo de Justiça.

A Justiça de Espanha confirmou no final de dezembro que o julgamento de Daniel Alves vai acontecer no começo de fevereiro deste ano. O brasileiro, acusado de estuprar uma mulher de 23 anos em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022, vai sentar no banco dos réus nos dias 5, 6 e 7.

O jogador está preso desde o dia 20 de janeiro e pode pegar até 12 anos de reclusão, pena máxima, em caso de condenação, para acusações de agressão sexual no país. Daniel Alves alega inocência e afirma que a relação sexual foi consensual.

Apesar do pedido de 12 anos de prisão, se condenado, Daniel Alves não deve cumprir a pena completa. O brasileiro poderia permanecer detido por, no máximo, seis anos. Isso porque no início do caso judicial, a defesa do jogador pagou à Justiça o valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) de indenização à denunciante. A advogada da mulher contesta a possível redução da eventual pena.


RELEMBRE O CASO

O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro, que, por muitos anos, defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão no dia 20 de janeiro.

Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade.

Além disso, Daniel Alves entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não indo adiante. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava. Depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual. (Estadão Conteúdo)

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