Martelo batido

COI bane IBA, mas decide manter boxe no programa dos Jogos Olímpicos

Comitê Olímpico confirma banimento da Associação Internacional de Boxe (IBA), mas destaca que em momento algum pensou em excluir o esporte das Olimpíadas

Por Agências
Publicado em 22 de junho de 2023 | 13:13
 
 
 
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O Comitê Olímpico Internacional (COI) baniu de forma definitiva a Associação Internacional de Boxe (IBA), nesta quinta-feira (22), encerrando uma "novela" de disputa com a entidade que já durava quatro anos. O COI, contudo, garantiu que o boxe seguirá no programa olímpico dos Jogos de Paris-2024.
 
A decisão de remover o reconhecimento da IBA foi tomada numa reunião extraordinária. Há duas semanas, o Comitê Executivo do COI tinha recomendado por esta decisão.
 
E a votação foi a favor do banimento da IBA por 69 a 1, com dez abstenções. Em nenhum momento, o COI cogitou remover o boxe do programa olímpico de Paris-2024.
 
"Nós valorizamos muito o boxe como esporte. Temos um problema extremamente sério com o IBA por causa de sua governança. Os boxeadores merecem ser governados por uma federação internacional com integridade e transparência", declarou o presidente do COI, Thomas Bach, aos demais membros da entidade, durante a reunião online.
 
Dois dias antes, a IBA já havia sofrido outra derrota, esta em âmbito da Corte Arbitral do Esporte. A CAS rejeitou o recurso da entidade, que havia tentado reverter a suspensão aplicada pelo COI, por não ter cumprido uma série de reformas.
 
Os atritos entre COI e IBA datam de 2019, quando a entidade responsável pelo esporte olímpico suspendeu a IBA por questões de governança, finanças, arbitragem e ética. Com isso, ela não pôde se envolver na realização dos eventos realizados nos Jogos Olímpicos de Tóquio, disputados em 2021.

A IBA não aceitou bem a decisão e a tratou como "verdadeiramente repugnante e puramente política". As falas, inclusive, não foram bem aceitas pelo COI. "O Conselho Executivo do COI condena a linguagem violenta e ameaçadora usada pelo presidente da IBA, Umar Kremlev, contra vários indivíduos do COI", afirmou.

Antes mesmo do banimento da IBA, o COI já vinha supervisionando as competições de boxes que serão classificatórias para Paris-2024, assim como fez para os Jogos de Tóquio. A entidade não deixou claro se os boxeadores ligados a federações afiliadas à IBA estarão em condições de disputar a Olimpíada.

O COI ainda fez questão de confirmar nesta quinta-feira (22) que o boxe será mantido tanto no programa da próxima Olimpíada quanto na edição de Los Angeles-2028.
 
A modalidade é boa para os negócios olímpicos com amplo apelo, uma vez que 25 países diferentes ganharam medalhas no boxe em Tóquio, com nove levando o ouro.
 
O COI disse repetidamente que seu problema era com os oficiais do boxe, não com seus atletas. "Apreciamos o boxe como um dos esportes mais globais. Nós abraçamos os valores do boxe", disse Bach, elogiando o "importante papel social do esporte na promoção da inclusão". (Estadão Conteúdo)

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