Prestes a sediar a Supercopa do Brasil, entre Palmeiras e São Paulo, o Mineirão não recebe jogos envolvendo apenas times de fora de Minas há quase três décadas. O hiato será quebrado no próximo domingo (4/1), às 16h, quando os atuais campeões do Campeonato Brasileiro, o alviverde, e da Copa do Brasil, o tricolor, medirão forças em jogo único que vale troféu.
A partida mais recente entre forasteiros no Gigante da Pampulha — levando em consideração apenas clubes — foi em 7 de agosto de 1997. Naquela quinta-feira, às 18h, Olimpia, do Paraguai, e Benfica, de Portugal, entravam em campo pela fase de grupos da Copa Centenário.
O torneio amistoso, organizado pela Federação Mineira de Futebol com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, foi disputado de 1º a 9 de agosto. A competição reuniu Atlético, Cruzeiro, América, Corinthians, Flamengo, Olimpia, Benfica e Milan (Itália) para comemorar os 100 anos da capital mineira — o Galo ficou com o título.
Olimpia e Benfica duelaram pelo Grupo B, do qual a Raposa fazia parte, e ficaram no 0 a 0. Os portugueses contavam com dois brasileiros: o zagueiro Ronaldo Guiaro, que também defendeu o Atlético, e o atacante Paulo Nunes. Tinha, ainda, o zagueiro paraguaio Gamarra, que no Brasil atuou por Internacional, Corinthians, Flamengo e Palmeiras.
O confronto foi acompanhado por 3.088 torcedores, para uma renda de R$ 25.695. Os ingressos custaram R$ 5 para a geral, R$ 10 para a arquibancada e R$ 20 para a cadeira de setor, com o salário mínimo vigente à época de R$ 120.
Os paraguaios terminaram em terceiro lugar no grupo, com dois pontos, e os portugueses, em quarto (último) — ambos eliminados.
Benfica: Preud'homme; Calado, Gamarra, Ronaldo e Carvalho; Erwin Sánchez (Nuno Gomes), Caires (Pereira) e Soares; Paulo Nunes e João Pinto. Técnico: Manoel José
Olimpia: Battaglia; Franco, Valdez, Caniza e Soares; Esteche (Boudier), Paredes, Caballero (Santa Cruz) e Monsón; Rojas e Mendes (Samaniego). Técnico: Luis Cubilla
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas
Auxiliares: Marco Antônio Martins e Antônio Oliveira Neto