A tarde deste sábado (29), dia do clássico entre Atlético e Cruzeiro, pelo jogo de ida do Campeonato Mineiro 2024, começou com policiamento em torno da estação BHBus de Venda Nova, em Belo Horizonte. A região costuma ser palco de brigas de torcidas organizadas, principalmente a avenida Vilarinho. Também não foi registrada presença de torcedores no terminal, nem houve registro de confusões ou brigas, conforme a Polícia Militar.
Pouco antes das 13h, já havia policiamento na região, nas proximidades do bairro Candelária. A reportagem visualizou três viaturas da Polícia Militar fazendo ronda na avenida Vilarinho, perto da avenida Baleares, no bairro Jardim Europa. Outros dois veículos da corporação passaram em frente à estação, na rua Padre Pedro Pinto, e uma viatura passou rapidamente por dentro da estação.
Uma sede da torcida organizada Galoucura, que fica em frente à estação Venda Nova, está fechada na tarde deste sábado (29), o que é incomum segundo funcionários da estação Venda Nova. Trabalhadores locais relataram à reportagem que, em dias de jogos, o local costuma ficar aberto e recebe concentração de torcedores do Atlético.
Também segundo funcionários, no dia do último clássico, no dia 3 de fevereiro, houve policiamento reforçado no entorno da estação, com viaturas estacionadas na rua Padre Pedro Pinto e policiais no interior do terminal. O objetivo seria impedir que membros da Galoucura se encontrassem com torcedores do Cruzeiro que poderiam circular pela região.
Na tarde deste sábado, a situação é diferente. Até o momento, os veículos fazem apenas rondas nas redondezas da estação.
No dia 11 de fevereiro de 2004, a estação Venda Nova foi palco de uma tragédia. O então torcedor do Cruzeiro e integrante da torcida Mancha Azul, Francisco Agnaldo Felício, foi morto com golpes de barras de ferro retiradas de um cavalete, além de socos e pontapés.
Felício e outros torcedores cruzeirenses estavam na estação, quando chegou um ônibus com membros da Galoucura. O encontro entre as duas torcidas rivais terminou em briga. Em número maior, os torcedores atleticanos cercaram o membro da Máfia Azul, que apanhou até a morte.