Jogar seis competições em um período de oito meses é algo que exige muito, da mente e do corpo. Quando se é uma equipe que frequentemente vai longe em todos os torneios que disputa, muitas vezes chegando à final, o desgaste pode ser altíssimo. Para isso, uma boa preparação física se torna fundamental. É este cenário que o Sada Cruzeiro tem vivido nos últimos anos.  

Com o projeto iniciado em 2006 dando frutos e a equipe sendo presença constante nas grandes decisões dos principais torneios do vôlei nacional e internacional, os preparadores físicos, médicos e fisioterapeutas são altamente exigidos. O trabalho deles é fazer com que os atletas passem pelo turbilhão de jogos sem ‘estourar’ fisicamente. E a manutenção de uma base do elenco pode ajudar muito na hora de preparar a equipe. 

É essa a avaliação do preparador físico do Sada Cruzeiro, Fábio Correia. O profissional é o responsável por, juntamente com a fisioterapia e o departamento médico, minimizar o risco de lesões dos atletas do Sada. Nessa hora, diz Fábio, conhecer bem os jogadores e suas particularidades é um trunfo importante. 

“Quanto mais o grupo permanece com a gente, maior o conhecimento, e isso facilita também a tomada de decisão para as estratégias definidas para cada um deles. Então, na verdade, com o passar do tempo e de uma temporada para outra, conhecendo cada vez mais os jogadores e até no meu caso por trabalhar com vários deles em outras situações e acompanhá-los em seleção, isso ajuda muito, porque você começa a se tornar um personal trainer de cada um deles”, comenta. 

O próprio elenco do Sada Cruzeiro exemplifica bem a importância de conhecer bem jogador por jogador. No plantel da equipe comandada por Filipe Ferraz, cada atleta tem ‘questões’ físicas específicas, que precisam ser observadas de perto e tratadas com cuidado, de forma personalizada. 

“O Lucão, por exemplo, eu tenho que dar uma frequência de trabalho maior. O Wallace a gente já tem um histórico dele do que ele já passou com relação à coluna, da estrutura de ombro dele. Com relação ao Rodriguinho, que já passou por algumas cirurgias, a gente tem que ter um cuidado específico com o volume de trabalho e ter ajustes de exercícios mais individualizados, que sejam especiais para o ombro e para o joelho dele. Isso foi um ajuste desenvolvido ano a ano”, detalha.