O Vôlei Renata denunciou e repudiou um ato de racismo contra o jogador Yan Patrick, de somente 20 anos, durante uma partida do Campeonato Paulista sub-21. Pelas redes sociais, o time relatou que o atleta havia sido alvo de injúria por parte de um membro da torcida do Vôlei Mania, de Itaquaquecetuba.
"O ato racista foi ouvido por outros torcedores, arbitragem e presentes no ginásio", denunciou o Vôlei Renata, que também relatou que o autor tentou fugir do local, mas foi capturado.
A partida ficou paralisada por cerca de 45 minutos até a chegada de membros da Guarda Municipal de Itaquaquecetuba e da Polícia Militar. Os membros das corporações colheram depoimentos de todas as partes antes da partida ser reiniciada.
Yan Patrick, que ainda atua na categoria de base do Vôlei Renata, também tem passagens pela seleção brasileira sub-21 e pelas categorias de base do Sada Cruzeiro. Em algumas ocasiões, também integra o time adulto de Campinas.
"O Vôlei Renata oferecerá todo amparo psicológico e legal ao central neste momento lamentável. Yan, com a hombridade que tem, ainda retornou à quadra", completou o time paulista. No final das contas, os visitantes venceram por 3 a 1.
Outros casos de racismo no vôlei forçaram criação de protocolo
Nas última edições da Superliga B, outras jogadoras também foram alvo de ofensas racistas por parte de pessoas presentes no local de jogo. Após denúncias, a Confederação Brasileira de Vôlei criou um protocolo de atuação em casos similares, obrigando a paralisação da partida e, em alguns casos, podendo até levar ao cancelamento.
Além de ações na esfera legal, a CBV também declara que clubes podem ser punidos até mesmo no campo esportivo em situações de preconceito por raça, gênero, orientação sexual ou outros.