Atropelo! Alguém anotou a placa? Talvez o radar que mede a velocidade dos saques na Farma Conde Arena, em São José dos Campos (SP), poderá explicar a brilhante atuação do Sada Cruzeiro nos 3 sets a 0 (25/18, 25/19 e 25/20) sobre o Itambé Minas e o oitavo título da Superliga Masculina de vôlei do time celeste.

Com um saque arrasador, uma defesa sólida, um ataque eficaz e uma atuação de gala do cubano López, o melhor em quadra, o Sada Cruzeiro conquistou seu segundo título nacional consecutivo diante do mesmo rival que derrotou no ano passado.

São oito títulos em onze finais de Superliga. Uma dinastia cruzeirense que carimbou as despedidas dos veteranos Visotto e William, que deixarão o voleibol. A conquista celeste colocou o Sada Cruzeiro como o maior campeão da Superliga: oito contra sete do Minas.

O jogo

O Minas começou com maior poderio ofensivo, com Visotto sendo o grande nome do ataque, mas não passou de uma impressão fugaz. O Cruzeiro conseguiu se impor rapidamente e o saque foi fundamental.

A imposição passou também pela excelente presença de López, que virava todas, e Otávio, com um excelente trabalho no saque, que desorganizou totalmente o jogo do Minas. Com Otávio e López no saque, o Sada abriu vantagem de sete pontos na reta final do primeiro set, a maior distância entre os times na primeira etapa da partida, que terminou 25 a 18 para os celestes.

Neste primeiro set, o oposto Wallace, entrou nos minutos finais para aumentar a altura do bloqueio. O jogador ficou suspenso por três meses, mas ficou livre da punição para a decisão e o técnico Filipe Ferraz utilizou o talento do jogador para reforçar ainda mais o time cruzeirense.

O segundo set foi de extremo equilíbrio, apesar de o Minas insistir em cometer erros de ataque. O jogo ficou equilibrado até a reta final, quando o Cruzeiro abriu cinco pontos com mais uma excelente atuação de López.

Visotto tentava virar as bolas para o time minastenistas, mas esbarrava na tranquilidade celeste, que sabe muito bem jogar com vantagem no placar.
Com cinco pontos de frente, as duas equipes passaram a trocar pontos. Os ataques prevaleciam sobre as defesas. Filipe Ferraz parou o jogo quando o Minas fazia dois pontos em sequência e mantinha a distância do adversário, que sentia as paradas técnicas e não voltava para o jogo com o mesmo ritmo. Com isso, os celestes fecharam o segundo set em 25 a 19.

No terceiro set, William, que fazia seu jogo de despedida na carreira, assim como Visotto, fazia o que podia tentando dar dinâmica ao ataque minastenista. Mas o Cruzeiro não errava, ao contrário do adversário.

E as individualidades do Sada Cruzeiro passaram a aparecer cada vez mais, além do conjunto. Lucão, em bloqueios importantes. López aparecendo tanto nos saques quanto no ataque, Vacari, com habilidade e Oppenkoski, que variou nos saques, fizeram a diferença para o lado celeste.

O técnico minastenista Nery Tambeiro tentava de tudo, chegou a mudar bem o time na reta final, mas a força do Cruzeiro era imparável. E quis o destino que o último ponto da partida fosse de Wallace para fechar o jogo em 25 a 20 para os celestes. Loucura azul na Farma Conde Arena!