A realização de dois jogos da final da Superliga masculina de vôlei, prestes a serem confirmados para o ginásio Chico Neto, em Maringá (PR), fez muitas pessoas se questionarem sobre a ausência de opções em Minas Gerais, até por se tratar de uma final 100% mineira. O incômodo foi ainda maior quando, no feminino, os três jogos foram confirmados para o ginásio Nilson Nelson, em Brasília.

Antes de mais nada, é importante esclarecer que as regras foram diferentes para os dois torneios. Enquanto no feminino, o mando de quadra foi entregue à CBV após votação antes mesmo da Superliga começar (com Minas e Praia sendo voto vencido), no masculino o formato se manteve assim como nas quartas de final e semifinal. Desta forma, teríamos mandante e visitante em todos os confrontos, sendo necessário somente que o ginásio tivesse capacidade mínima de 5.000 pessoas. 

Sada Cruzeiro e Fiat Gerdau Minas começam a disputar o título no próximo sábado, às 21h30, no ginásio Divino Braga, em Betim. Sem poder jogar no ginásio do Riacho (capacidade para 2.000 pessoas), em Contagem, local que foi sua casa durante toda a temporada, o Sada Cruzeiro logo encontrou uma solução.

O Minas se viu na mesma situação, uma vez que a Arena UniBH tem capacidade para 3600 pessoas. Apesar de opções que fariam o campeão ser conhecido dentro de Minas Gerais, o time preferiu fazer acordo com Maringá, que fica a mais de 1000km da capital mineira.

Maringá fez proposta para custear todas as despesas não só do Minas como também do Sada Cruzeiro. Tal oferta 'encheu os olhos' do clube de BH, que não pensou duas vezes para fazer no interior do Paraná seus jogos como mandante na final.   Para confirmação da sede, ficou pendente somente resultados da vistoria da CBV, marcada para esta terça-feira (19).

Interessadas

Ofertas para considerar outras opções não faltaram. O Minas recebeu contatos de cidades como Porto Alegre, Natal, Fortaleza e São Luís. No entanto, o clube de BH precisava apresentar à CBV o nome do local onde mandaria seus jogos na última quarta-feira, dia 13, com o tempo sendo um adversário para que as interessadas apresentassem as garantias necessárias. Foi aí que Maringá saiu na frente e virou a opção principal do Minas. 

O Mineirinho, em BH, seria uma primeira opção. No entanto, o ginásio está em processo de licitação, sem uma empresa ou marca sendo responsável por seu funcionamento no momento. A falta de luz é apenas um dos problemas do ginásio, uma das maiores referências do país quando o assunto é final de grandes eventos esportivos.

Uberlândia também entrou na jogada, oferecendo o Sabiazinho, palco da final da Superliga 17/18 para a realização das partidas. As conversas avançaram mas sem um acordo final. Uma terceira via seria Montes Claros, que chegou a manifestar seu interesse junto ao Minas. A atual capacidade do ginásio Tancredo Neves é de 6.400 pessoas, com a receita de bilheteria podendo ser uma alternativa para custear as despesas. Pra fechar a lista, o Divino Braga, em Betim, é uma opção pronta para receber os jogos, já tendo sediado o confronto de abertura desta decisão.