Na sua primeira temporada como titular efetivo do Sada Cruzeiro, o ponta Rodriguinho teve que lidar com fatores além da responsabilidade de ser um homem de confiança do técnico Filipe Ferraz.

O histórico do jogador exigiu cuidados especiais da preparação física do time, comandada por Fábio Correia. Rodrigo enfrentou, nas últimas temporadas, situações que exigiram muito da sua parte mental, além da física, como ser pego em exame antidoping e passar por uma cirurgia no ombro que o deixou afastado por alguns meses. 

Na premiação deste domingo, após o sétimo título do Sada Cruzeiro da Superliga masculina de vôlei, Rodriguinho foi às lagrimas ao receber o troféu Viva Vôlei, entregue ao melhor jogador da decisão. O jogador, que anotou 16 pontos na partida derradeira,  fez questão de repassar o prêmio ao preparador físico do time, que teve grande importância na sua evolução e regularidade durante toda a temporada. Dos sete tíutlos do Cruzeiro na Superliga, Rodriguinho esteve em cinco. 

"Foi um trabalho diferente feito com ele, justamente pelo fato de ter que jogar mais, estar mais tempo dentro de quadra. Ele mostrou paciência e resiliência. Em muitos momentos, os colegas de equipe estavam folgando e ele comigo. Em outros, o time viajando e a gente realizando, conjutamente, um tratamento intensivo para deixá-lo na melhor condição. Foram muitas horas juntas focados na sua evolução e melhor condição para dar o resultado esperado", conta o preparador, que fez uma feliz previsão.

"Eu falei com ele, há alguns meses, que todo este esforço seria recompensado. Afirmei que ele ia ser eleito o melhor jogador da final, que ganharíamos o título passando por uma grande atuação dele", comemora Correia, que chamou o jogador, durante a entrevista, de filho, amanho carinho e intimidade após tantas horas reunidos. 

Afirmação

Rodriguinho usou a experiência dos anos anteriores, quando não tinha a mesma minutagem em quadra, para dar conta do recado em uma temporada especial e marcante. 

O jogador assumiu a função de ser o ponteiro passador da equipe, conseguindo entregar o resultado esperado para o levantador Cachopa distribuir bem suas qualificadas opções de ataque. "Muitas das minhas, a minha função específica é dar equilíbrio pra equipe. Temos excepcionais jogadores na parte ofensiva como López e Wallace, são caras que, normalmente, saem de quadra como maiores pontuadores. O que cabe a mim era dar um suporte e fico feliz com este reconhecimento. Acho que consegui contribuir em momentos importantes, estou feliz demais", conta. 

"Todo ano é diferente, independentemente de sequência. Este é o torneio mais longo da temporada, precisar se manter no alto nível é muito difícil. Foi uma temporada muito importante pra mim, a que eu mais fiquei dentro de quadra. Pude provar, até pra mim mesmo, a minha qualidade, o que me propus a fazer pela equipe. É a melhor forma de terminar a temporada, sem dúvidas. Eu sou hoje um jogador que aprendeu com outros que passaram aqui, como o próprio Filipe, e me considero uma peça que tem a cara deste time", completa.