Há pouco menos de um mês dos jogos da Liga das Nações no Brasil, torcedores ainda estão no escuro sobre a venda de ingressos. Em suas redes sociais, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou no dia 12 de maio que o início das vendas para a etapa de Brasília da competição começaria na última segunda-feira, dia 16. Porém, isso não aconteceu. Até o fechamento desta matéria, não há nenhuma informação oficial por parte da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) sobre o assunto, como data de início das vendas e valores.

Compromisso importante no calendário internacional, a Liga das Nações de vôlei reúne 16 seleções em um torneio longo, disputado ao longo de 55 dias, com etapas ao redor do mundo. A fase brasileira está marcada para ocorrer em Brasília, palco da final da Superliga feminina da última temporada.

No naipe masculino, o Brasil estreia jogando em casa, já no dia 8 de junho, contra a seleção da Austrália. A seleção feminina só joga em Brasília na semana seguinte, fazendo o primeiro jogo da segunda fase no dia 15 de junho, contra a Turquia. Com a presença confirmada dos maiores astros do voleibol do mundo, torcedores de todos os cantos do país planejam viajar até o Distrito Federal para acompanhar de perto o espetáculo.

Sem informações concretas sobre a venda dos ingressos, fãs de vôlei relatam dificuldades logísticas de planejamento das viagens. Esse é o caso de Caio Menezes, de 23 anos, morador de Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Empolgado para acompanhar a disputa por motivos pessoais e acadêmicos, o jovem relata que comprou passagens e acertou a hospedagem em fevereiro, data em que o calendário da competição foi oficializado, mas os planos seguem paralisados pela questão dos ingressos.

“Tenho medo de ter muita procura e os preços dispararem. Todo esse atraso é prejudicial para toda a cadeia envolvida. Quem estava esperando os ingressos não pôde se planejar com passagens e hospedagens, que aumentaram muito. No final todo mundo vai ficar prejudicado com essa falta de planejamento”, comentou.

Caio é estudante de Relações Internacionais na Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e conta que pretende acompanhar a competição também como pesquisador, assistindo a todos os jogos realizados no Brasil. Questões como preço dos ingressos, que seguem sem confirmação, podem prejudicar os planos. “Minha intenção era ver os dois naipes e ir todos os dias, conversar não somente com os atletas, mas com pessoas que trabalham nas terceirizadas, na organização e até mesmo o Poder público para entender os objetivos. Admito que essa instabilidade de ingressos me fez rever (os planos), pois não sei se conseguiria aproveitar tanto para desenvolver a pesquisa”, concluiu Caio.

Outras torcedoras estão, desde segunda-feira (16), data em que a venda iniciaria, “acampando” nos sites e redes sociais das entidades à espera de informações. Bruna Nascimento, de 25 anos, juntou um grupo com mais cinco amigas, cada uma de um canto do país, que se revezam aguardando confirmações. O receio principal é os ingressos esgotarem.

Com passagens compradas e hospedagem confirmada, Bruna, administradora de empresas, fará uma viagem de 19 horas de Duque de Caxias, na baixada fluminense, até Brasília para acompanhar a seleção. No mesmo grupo, estão torcedoras de Fortaleza, Recife, Curitiba e São Paulo na mesma situação.

As amigas montaram um grupo de Whatsapp e criaram até uma ‘escala de plantão’, na qual sempre ficam ligadas nas atualizações. “Quando uma cochila, as outras ficam acordadas vigiando. Se uma vai trabalhar, o resto fica vigiando. 3 descansam à noite e 3 de dia”, contou Bruna.

Nas redes sociais, são centenas de mensagens demonstrando insatisfação sobre a falta de informações. 

 

 

 

 

Procurada, a CBV não confirmou informações como início das vendas e preço dos ingressos, porém, garantiu que essas questões seriam divulgadas na quinta-feira (19).