Depois de mostrarmos um pouco da atual seleta e desejada categoria dos veículos premium e eletrificados, reservamos o fim desta edição especial para viajar no tempo e entender como esta trajetória começou no Brasil, lá no início dos anos 90. 

Por conta da proibição das importações decretada pela ditadura em 1976, por mais de duas décadas nossa indústria automobilística viveu em um regime de mercado fechado e os sonhos e aspirações do consumidor brasileiro, desde sempre um povo apaixonado por carros, era dividido apenas entre as quatro grandes (Fiat, Volkswagen, GM e Ford). 

A coisa mudou só em 1990, quando o então presidente, Fernando Collor (hoje senador), fez cumprir o que prometeu e abriu o mercado de automóveis para os estrangeiros, criando um novo eldorado para nossa indústria automobilística. 

 

 

 

 

Fiat foi uma das pioneiras

Após a chegada dos carros da BMW ao Brasil, coube à Fiat, até então com capital 100% italiano, ser a primeira montadora com fábrica no país, em Betim, a comercializar veículos importados por aqui.

O primeiro modelo escolhido para debutar no Brasil foi sofisticado sedã Alfa Romeo 164, que começou a ser vendido em 1991. À época, o Alfa Romeo 164 custava US$ 135 mil ou quase três vezes mais do que o automóvel nacional mais caro da época, o Ford Escort XR3 conversível, que saía por US$ 53 mil. 

Por conta de questões econômicas, a Alfa deixou o Brasil em 2006 e nunca mais voltou para tristeza da legião de alfistas. Com o bom momento dos SUVs e do mercado premium, a possibilidade do retorno da marca ao país foi ventilada em 2018 pela Fiat-Chrysler Automóveis (FCA), mas o assunto esfriou e não foi para frente.