Um adolescente de 17 anos foi retirado à força por policiais militares da Escola Estadual Murgy Hibraim Sarah, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (26 de junho). O jovem estava suspenso por envolvimento em brigas e ameaças a outros estudantes, mas compareceu à unidade educacional sem a presença dos responsáveis, contrariando a determinação da direção. Uma aluna de 15 anos também foi levada à delegacia após ameaçar a diretora da instituição.

De acordo com a Polícia Militar, o acionamento ocorreu por volta das 9h46. A direção informou que o estudante havia sido suspenso no dia anterior por tentar reunir um grupo para brigar dentro da escola. A orientação era de que ele só poderia retornar às aulas acompanhado de seu responsável legal, mas ele se recusou a deixar o local, afirmando que “ninguém o tiraria dali, nem à força”.

Ao chegar à escola, os policiais encontraram o adolescente em uma sala de aula e ordenaram que ele saísse, mas ele se recusou a obedecer a ordem. Diante da resistência, os militares o imobilizaram e o retiraram da sala. No momento da ação, a aluna de 15 anos insultou a diretora e a ameaçou, dizendo: “Você é a culpada disso, vou te matar, estourar seus miolos”.

Siga o Super Notícia no Instagram

O adolescente foi apreendido por atos infracionais análogos a desobediência e resistência, enquanto a aluna responderá por ameaça. Uma equipe do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas) também foi acionada para apoiar a ocorrência. A avó do estudante, que seria sua responsável legal, estava em consulta médica e foi representada por outro familiar.

O que diz a SEE-MG

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) informou, por meio de nota, que a escola já havia acionado o Conselho Tutelar e convocado os responsáveis do aluno para uma reunião sobre seu comportamento. A pasta também afirmou que uma equipe do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE) irá reforçar o trabalho de intervenção psicossocial na escola.

A SEE-MG destacou ainda que desenvolve, ao longo do ano letivo, programas de prevenção à violência nas escolas, como o Programa de Convivência Democrática e o Projeto Socioemocional. “A escola é um ambiente de paz e um espaço de aprendizado para todos”, finalizou o órgão.