Dois homens que não tiveram a idade revelada foram condenados a penas de 69 e 61 anos, respectivamente, pela morte de um outro rapaz em Nanuque, no Vale do Mucuri, em fevereiro de 2021. A sentença também engloba a tentativa de homicídio de outros dois homens, bem como por integrarem uma facção criminosa armada e pela prática de corrupção de menores. 

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os dois réus, um adolescente e outros rapazes não identificados participaram do crime. Este grupo, junto de outro homem já falecido, faziam parte de uma facção criminosa que atuava no tráfico de drogas e cometida homicídios em Nanuque. 

Organização estruturada e com hierarquias

O MPMG aponta que a organização criminosa apresentava uma estrutura hierárquica definida, com divisão de tarefas e funções:

  • Um líder responsável pelo comando geral das atividades;
  • Um gerente que administrava os pequenos núcleos, distribuía drogas e observava a contabilidade, além de se envolver ativamente nas decisões e execução dos delitos e no aliciamento de novos integrantes;
  • Soldados/operários responsáveis pelo transporte e venda de drogas, armazenamento, e execução de crimes como homicídios e ameaças. 

"As provas indicam que a dupla condenada ordenou a morte das vítimas, que também estavam envolvidas no tráfico de drogas, com o objetivo de controlar o tráfico na região. No dia do crime, as vítimas estavam sentadas em frente a um imóvel residencial. Um deles estava posicionado próximo à esquina para repassar informações sobre a localização das vítimas e escoltar os comparsas. Em seguida, quatro homens vestidos de preto se aproximaram e efetuaram disparos de arma de fogo, atingindo dois homens", explicou o Ministério Público.

Entre os feridos, apenas um deles não resistiu

Conforme o órgão, entre as vítimas do ataque, um deles morreu em decorrência dos ferimentos. O outro, embora atingido, não faleceu pois conseguiu correr e recebeu auxílio médico imediato. Um terceiro homem não foi atingido por erro na pontaria dos agressores e por ter conseguido correr e se esconder.