A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou três homens, com idades entre 51 e 61 anos, integrantes de uma facção criminosa nacional, por aplicarem um golpe de 100 mil dólares contra empresários paulistas em um hotel de luxo na região da Pampulha, em Belo Horizonte, em agosto do ano passado. O trio foi indiciado por estelionato majorado, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas, somadas, podem atingir até 21 anos de prisão.
A investigação concluiu que os suspeitos simularam um investimento de R$ 10 milhões na empresa das vítimas e exigiram um “aporte inicial” em moeda estrangeira para formalizar o suposto contrato. Para dar credibilidade ao golpe, durante a negociação, os homens usaram viagens aéreas fretadas e contratos de fachada. A reunião foi marcada em um hotel de luxo em Belo Horizonte.
No momento da entrega do valor, no entanto, o trio entregou uma maleta com apenas R$ 5.200 em notas verdadeiras. O restante era composto por cédulas cenográficas com a inscrição “sem valor”.
Golpe contra empresários em BH
De acordo com o delegado Rafael Faria, a fraude foi minuciosamente calculada: um dos suspeitos era responsável por atrair e conquistar a confiança das vítimas; o segundo se apresentava como investidor fictício; e o terceiro executava o golpe no momento da entrega do dinheiro. “Depois, o grupo ocultava os valores por meio de depósitos em espécie, operações de câmbio, transferências indiretas e aquisição de bens de alto valor”, afirmou o delegado.
Dois dos investigados foram presos em São Paulo
Durante o inquérito policial, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis nos estados de Minas Gerais e São Paulo. A Polícia Civil apreendeu dois veículos de luxo, dinheiro em espécie, cédulas cenográficas, documentos diversos e aparelhos eletrônicos. Parte dos bens teve pedido de sequestro judicial.
Dois investigados foram presos preventivamente em São Paulo, um em Americana no dia 21 de junho e outro em Herculândia no dia 10 de julho. Ambos aguardam transferência para Belo Horizonte. O terceiro suspeito continua foragido.