Não bastasse maltratar dois cães da raça Cane Corso, o suspeito de 25 anos, preso em flagrante no dia 5 de maio no bairro Glória, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, também divulgava os crimes para mais de 600 mil seguidores nas redes sociais. Foi isso que concluiu a investigação da Polícia Civil, finalizada na sexta-feira (25/7), que indiciou o homem pelos crimes de maus-tratos a animais e contravenção penal de perturbação do sossego.

Em um dos vídeos divulgados nas redes sociais, o influenciador mostrou um cão na cor branca comendo uma galinha e com bastante sangue no chão de um quintal. Na imagem, é possível observar que a ave ainda está com as penas.

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"Também foi constatado que os cachorros estavam com as orelhas mutiladas, e vizinhos relataram que o homem soltava bombas e ouviam choro dos animais. Tudo isso configura maus-tratos. Por ter um alcance grande nas redes sociais, a gente entende que pode acabar influenciando outras pessoas a cometerem os mesmos crimes. Isso também pode aumentar a pena dele, caso seja condenado", afirmou Marcus Vinicius Gontijo Monteiro, delegado titular da 2ª Delegacia de Contagem, em entrevista nesta segunda-feira (28/7).

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na sexta-feira (25/7), o inquérito que apurou maus-tratos contra dois cães da raça Cane Corso em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O suspeito, de 25 anos, foi preso em flagrante no dia 5 de maio e indiciado pelos… pic.twitter.com/KWK5VgdQO2

— O Tempo (@otempo) July 28, 2025

A polícia chegou ao suspeito após as denúncias dos vizinhos. De acordo com os relatos, o suspeito deixava os cães sem alimentação por longos períodos para estimular um comportamento mais agressivo, o que também era registrado em vídeos divulgados nas redes. Eles falaram, ainda, que o homem ameaçava os moradores com arma de fogo, foguetes e bombas.

No dia da prisão, também foram armas de pressão, conhecidas como Airsoft, uma réplica de fuzil, uma arma de choque e uma caixa com esferas para pistola de CO2. De acordo com o delegado Marcus Vinicius, não foi constatado o uso do material nos crimes de maus-tratos aos animais.

Enquanto aguarda julgamento, o homem de 25 anos está proibido de manter a guarda dos cães. Caso seja condenado, ele pode pegar uma pena de até cinco anos de prisão pelos dois crimes de maus-tratos, já que eram dois animais, mais três meses pela contravenção penal de perturbação do sossego.