A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu três homens suspeitos de participar de um roubo de 120 toneladas de café em grão beneficiado (quando ele já foi seco e descascado), ocorrido no dia 22 de junho deste ano, na zona rural de Várzea da Palma, no Norte de Minas. Avaliada em cerca de R$ 4 milhões, a carga foi levada por cerca de 15 criminosos armados com fuzis, que renderam e fizeram oito funcionários da fazenda reféns.
De acordo com o delegado João Vitor, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (DEPATRI), os bandidos utilizaram drones, rádios comunicadores e ao menos três carretas para executar o roubo. “Uma das carretas, com 50 toneladas, foi interceptada em Coromandel dias após o crime. Outra foi localizada em Paracatu, mas carregada com milho”, detalhou.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu três homens suspeitos de participar de um roubo de 120 toneladas de café em grão beneficiado ( quando ele já foi seco e descascado), ocorrido no dia 22 de junho deste ano, na zona rural de Várzea da Palma, no Norte de Minas.… pic.twitter.com/QT2KnsbblM
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As prisões ocorreram na última semana. Dois suspeitos, de 60 e 35 anos - pai e filho - foram detidos em Paracatu, e um terceiro, de 41 anos, foi localizado em Tupaciguara. Segundo o delegado, o mais velho é dono de uma empresa de transporte usada para dar aparência de legalidade ao carregamento roubado. “O filho já tem passagens por furto, receptação e organização criminosa, e o terceiro preso tem histórico por tráfico, porte ilegal de arma e extorsão”, disse.
A PCMG também conseguiu bloquear R$ 1,3 milhão em contas bancárias dos investigados e impôs restrições judiciais a cerca de 40 veículos, incluindo caminhões, carretas e caminhonetes de luxo, avaliados em aproximadamente R$ 8 milhões. “O bloqueio desses bens serve para asfixiar financeiramente a organização criminosa e garantir o ressarcimento à vítima, inclusive em casos de dano moral, pois um dos funcionários foi espancado durante a ação”, afirmou João Vitor.
De acordo com o delegado João Vitor, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (DEPATRI), os bandidos utilizaram drones, rádios comunicadores e ao menos três carretas para executar o roubo. “Uma das carretas, com 50 toneladas, foi interceptada em… pic.twitter.com/NioK7bsi5x
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Ainda segundo a investigação, há suspeita de que o grupo esteja envolvido em outros crimes semelhantes, como os registrados em Campos Altos, no Alto Paranaíba. As apurações seguem em sigilo.
O delegado ressaltou que o café, produto de alto valor agregado, tem atraído o interesse de quadrilhas organizadas, mas o trabalho da polícia tem dificultado a revenda do material roubado. “Um dos investigados chegou a dizer que ninguém quer mais comprar porque sabe que a polícia vai ir atrás”, contou.
A Polícia Civil reforça que ações como essa fazem parte do Projeto Campo Seguro, que visa coibir crimes patrimoniais no setor produtivo rural mineiro. “Minas é o maior exportador de café do Brasil. Proteger esse setor é essencial para a economia do estado”, destacou o delegado.
Os três presos devem responder por roubo qualificado e extorsão. A PCMG continua buscando os demais integrantes do bando.