Um dentista de 56 anos foi preso em Conselheiro Lafaiete por adquirir e armazenar material com imagens e vídeos de abuso sexual infantil. Ao ser detido, ele afirmou que não sabia que armazenar esse tipo de conteúdo era crime e revelou que conseguia o material em um grupo de WhatsApp chamado “Incesto”. Havia mais de 800 arquivos com ele segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que realizou a prisão do suspeito na quarta-feira (2).
“Ele alegou que desconhecia o crime que estava cometendo, mas que comprava, sim, (o material) no WhatsApp. Inicialmente a investigação era somente sobre ele, porque ainda não sabíamos da existência desse grupo. Mas agora vamos proceder para investigar essa rede também de compartilhamento do material”, explicou Marcelle Bacellar, delegada da 2ª Delegacia Especializada na Investigação de Crimes Cibernéticos
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— O Tempo (@otempo) July 4, 2025
O suspeito tem uma filha de 13 anos, mora sozinho e já teve uma passagem policial com base na Lei Maria da Penha, relacionada à mãe da adolescente.
“Ele falou que estava apenas armazenando (as imagens), que não tinha nenhum tipo de relação com menores. Mas de toda forma ele estava alimentando essa rede de abuso sexual infantil. Em princípio, não há nenhum material da filha dele (entre os itens apreendidos), mas ainda vamos terminar de analisar”, adiantou a delegada.
Alerta foi da Polícia Federal
As investigações começaram em maio deste ano, depois que a PCMG recebeu uma notícia-crime da Polícia Federal (PF). A PF indicou que o dentista armazenava grande quantidade de arquivos relacionados a abuso sexual infantil em seus dispositivos eletrônicos.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e de prisão expedidos pela Justiça, a equipe da 2ª Delegacia Especializada na Investigação de Crimes Cibernéticos realizou apreensões. Foram encontrados celular, notebook, computador e pendrives.
O homem está preso preventivamente no presídio de Conselheiro Lafaiete. A pena prevista para armazenar e adquirir material de abuso infantil pode chegar a oito anos de prisão.