Um homem de 34 anos foi preso no fim da tarde de domingo (6/7) no bairro Santa Terezina, região da Pampulha, suspeito de aliciar sexualmente dois adolescentes de 12 e 14 anos. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, os familiares das vítimas, após desconfiarem e ouvirem relatos de um homem incomodando os filhos, resolveram acionar as autoridades. Ele foi agredido e imobilizado pelos pais e por outros moradores até a chegada da viatura.
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O relato da mãe de uma das vítimas à PM explica que um homem estava tentando aliciar seu filho, um adolescente de 14 anos. Ao chegarem ao local, foram recepcionados pelo avô do adolescente, que informou que a mulher tinha saído de carro seguindo o homem. No mesmo momento, via rádio comunicador, a polícia recebeu outra chamada sobre um homem sendo agredido na Rua Julita Nogueira Soares. Chegando lá, os moradores explicaram aos policiais que o homem era o autor da tentativa de aliciamento.
O homem foi levado para o Hospital Odilon Behrens e, em seguida, a mulher e o adolescente foram levados à sede da Polícia. Em depoimento, a mulher relatou que o homem fez várias tentativas de se aproximar do filho, e que ele já havia se passado por amigo dele em diversas ocasiões e demonstrado comportamentos inapropriados.
No domingo, por volta das 12h30, o homem foi até a casa do menino e bateu no portão. Atendido pela mãe, ela informou que ele estava na casa da avó que mora ao lado. Quando o menino atendeu ao portão, muito nervoso, gritou "cara chato, me deixa em paz, sai fora". Ela então começou a questionar o homem, sendo que ele disse que a havia brigado com o menor e queria conversar. A mãe falou para ele ir embora e não procurar filho mais, não tinha que andar com criança. Desconfiada, conversou com o filho.
Ele disse que conheceu o homem - que se identificou como Ademir - na quinta (3/7), mas que na sexta-feira (4/7), quando andava de bicicleta com amigo de 12 anos na esplanada do Mineirão, ele se ofereceu para brincar, O menino contou ainda que o homem chegou mais perto e os abordou, passando a mão nos braços de um deles e disse: "gostei muito de você". Além disso, o menino contou que vinha recebendo mensagens do homem, e que devido ao incômodo, o bloqueou.
Após ficar ciente dos fatos, ainda no domingo, a mãe pediu para ele desbloquear, ligar e marcasse para ir até a casa. O homem foi, e quando chegou, ficou rondando a residência. A mãe o observou, e ele disse que "pegaria uma arma e vou matar vocês, já que estão olhando de cara feia pra mim". Após ameaças, a mulher ligou para a polícia e saiu atrás. O homem tentou se explicar falando que o pessoal entendeu errado, que conhecia as duas crianças, e tinha marcado de ir na lagoa com eles.
Ao Super Notícia, a mãe do menino de 14 anos que preferiu não ter a identidade revelada, contou que teme que o suspeito tenha feito algo mais grave com seu filho e o colega: "Meu filho estava muito nervoso quando conversei com ele, não sei se ele me contou tudo. O cara já tinha passagem por homicídio, ameaça, estupro de vulnerável e outras infrações com menores de idade. Um cara desse não poderia estar solto".
A mulher relata ainda que a situação causou grande revolta. "É apenas uma criança, a situação me indignou porque eu fui abusada várias vezes na infância, mas não tive como me proteger. Parece uma história que se repete, mas dessa vez, esperamos que tenha um final justo".
Na delegacia, os envolvidos confirmaram os relatos de ameaças e comportamentos estranhos, além de tentativas de oferecer presentes em troca de amizade. A mulher também apresentou prints de mensagens que o autor enviou aos meninos, expressando comportamentos perturbadores. Além do mais, foi descoberto que o autor tinha um extenso histórico criminal relacionado a homicídio e assédio sexual, o que aumenta a gravidade do caso.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PMMG) informou que o suspeito foi conduzido e ouvido pela autoridade policial, que ratificou a prisão em flagrante delito pelo crime de ameaça na forma consumada, e pela tentativa do crime previsto no art 217 A do Código Penal (ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos). "Após os procedimentos, ele foi encaminhado ao sistema prisional e segue à disposição da Justiça. A PCMG esclarece que a investigação prossegue para completa elucidação do caso", finaliza a nota.