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Uma família de quatro pessoas que vive em uma casa de dois andares na rua Brumadinho, no bairro Canaã, em Ibirité, na região metropolitana de BH, recorreu ao Panelaço para denunciar uma situação grave. Há seis anos, de acordo com os moradores, em frente ao imóvel há um poste de madeira que oferece riscos. A estrutura está desgastada e fica perto demais do segundo pavimento da casa: uma distância equivalente a apenas um braço.
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Rivaldo Souza, líder comunitário do bairro e amigo da família, contou à reportagem que o sofrimento da família parece não ser suficiente para que a Cemig retire o poste. "Nós já entramos em contato (com a companhia energética) várias vezes, porque é um verdadeiro descaso com a população. Se fosse em um bairro nobre, já teriam resolvido", conta.
Ao Panelaço, ele argumentou ainda que a estrutura é antiga, o que torna o poste muito inseguro: "Conseguimos balançar o poste com um dedo, não tem nem um metro de distância entre a janela do segundo andar e o poste. Isso é um absurdo total".
Acidente poderia ter sido evitado
A maior dor dos moradores da casa é em relação a um acidente ocorrido em 17 de janeiro de 2024: Jerry Damasceno, de 37 anos, foi eletrocutado enquanto fazia uma manutenção na parte externa da casa. Isso poderia ter sido evitado se o pedido de retirada do poste já tivesse sido atendido.
"Mesmo usando equipamentos de segurança, alguma coisa enrolou no cinto que ele estava usando, e ele tomou um choque", conta a mãe, Maria da Penha. De acordo com ela, o filho era completamente independente e desde o acidente precisa de ajuda e acompanhamento para realizar atividades básicas. "Ele não toma banho sozinho, não come. Ficou com sequelas físicas e emocionais graves. Ele não pode sair sozinho, porque ele desmaia do nada", detalha a mulher.
Ela observa que o fato de Jerry ter sido eletrocutado afetou não somente o filho, mas toda a família: "Ele dorme na cama comigo e meu marido, por segurança. E agora eu tomo uma série de remédios porque essa situação me traumatizou muito".
A família alega que mesmo após a Cemig ter sido avisada sobre o acidente, não houve auxílio ou apoio da empresa. A única resposta, da Ouvidoria, alegou que, para a retirada do poste, haveria custo.
Uma família de quatro pessoas, que vivem em uma casa de dois andares na rua Brumadinho, no bairro Canaã em Ibirité, recorreu ao Panelaço para denunciar uma situação grave. De acordo com eles, há seis anos, existe um poste de madeira em frente a casa que oferece riscos pelo fato… pic.twitter.com/VYinuLVV37
— O Tempo (@otempo) July 3, 2025Resposta da companhia
Questionada, a Cemig disse ao Super Notícia que esteve no local em 13 de junho e não conseguiu contato com o solicitante - situação que foi negada pela família. De acordo com eles, após anos de contato, a primeira vez que a companhia enviou representante à região foi em 1º de julho de 2025.
Durante a visita, os técnicos da companhia confirmaram que há irregularidades. "A Cemig vai fazer o projeto e programar a remoção do poste no menor tempo possível", diz nota da empresa.
A Cemig reforçou "que a responsabilidade pelo acionamento da empresa, nesses casos, é do cliente, antes de realizar a obra de construção ou expansão da estrutura predial, sempre que houver proximidade com a rede elétrica e risco para a segurança da população". "A obra somente deve ser realizada obedecendo às normas de afastamento para evitar acidentes", conclui o texto da Cemig.
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