Quando o assunto é a situação financeira, o Atlético enfrenta problemas há seguidos anos. Ciente disso, o presidente Sette Câmara, que assumiu em 2018, prometeu e cumpriu austeridade, afim de diminuir despesas e tentar, de alguma forma, controlar as dívidas.
Apesar dos esforços do novo comandante, a situação segue complicada. Levantamento do site globoesporte.com mostra as dificuldades enfrentadas pela atual gestão, que também são consequência dos comandos anteriores.
Confira um resumo da situação atleticana:
- Entre 2002 e 2018, foi somente em 2016 que a receita foi maior que o gasto.
- Neste período, quando os gastos foram maiores que a receita, a proporção foi sempre superior a duas vezes, mostrando o tamanho da barreira para se fazer caixa. Em 2002, por exemplo, o time teve R$ 98 milhões em dívidas e arrecadou R$ 48 milhões. No ano do rebaixamento, em 2005, a relação foi de cinco vezes. No primeiro ano do mandato de Sette Câmara, a relação foi 2,8 maior.
- Temporada de 2018 não teve recebimento de luvas. Em 2015, R$ 36 milhões foram recebidos, em 2016 o valor foi de R$ 27 milhões e R$ 64 milhões no ano seguinte.
- Bilheterias caíram pela metade em 2018, sócio-torcedor rendeu menos também, assim como valor de patrocinadores.
- Dívidas em 2019 na casa dos R$ 200 milhões.
- Endividamento em 2018 aumentou. Foram tomados R$ 202 milhões em novos empréstimos e pagos R$ 146 milhões em empréstimos antigos.
Fatores positivos:
- Em 2018, um dos poucos fatores positivos na parte financeira foi o maior faturamento com venda de jogadores. Entraram R$ 53 milhões líquidos de participações e comissões a intermediários. Contribuiu o empréstimo de Otero para o mundo árabe. Em 2019, a venda do lateral-direito Émerson também veio em bora hora.
- Clube conseguiu diminuir folha salarial no último ano. De R$ 136 milhões, caiu para R$ 123 milhões.
- Juros economizados de R$ 5 milhões em 2018