A situação do Atlético se complica a cada rodada. Ficou difícil disfarçar o abatimento após a derrota em casa por 2 a 0 para a Chapecoense na noite desta quarta-feira (30). Poucos jogadores se dispuseram a conversar com os jornalistas na saída do gramado. Aqueles que falaram tentavam encontrar explicações para acentuada queda de rendimento da equipe nas últimas partidas.
Um dos líderes do time, o zagueiro Réver assumiu que o sinal de alerta está ligado no time alvinegro e pediu mais hombridade ao grupo. “Temos que ter um pouquinho mais de hombridade, de vergonha para a gente tentar voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. A gente acabou parando no tempo em relação ao nosso futebol. A gente corre bastante mas não cria. Não tivemos poder de reação. Em nenhum momento a gente colocou a Chapecoense em situação de risco. A gente precisa evoluir e crescer. O alerta já está piscando e precisamos somar pontos. A campanha é de time que está pedindo para cair”, disse o zagueiro, que mais uma vez atuou como volante.
“Eu acho que o risco de queda está presente há muito tempo. Estamos fazendo partidas muito ruins dentro de casa. Era uma partida que poderia definir muita coisa para gente. É pedir desculpas para o torcedor. Difícil falar neste momento. Agora é buscar os pontos fora de casa, que a gente também não está conseguindo”, completou Réver.
O lateral-esquerdo Fábio Santos acredita que o gol sofrido logo aos seis minutos foi decisivo para o tropeço do time dentro de casa. “Tomamos um gol muito cedo, e isso acaba prejudicando. Em casa, a gente não pode sair atrás, o que complicou muito a nossa situação em campo”, explicou o lateral.
O jogador aproveitou para justificar por que não cobrou o pênalti perdido pelo argentino Di Santo. “Ele estava confiante. Já tinha batido e acertado quando eu estava suspenso. Pegou a bola e foi para a cobrança. Hoje (ontem) teve a infelicidade de perder. Paciência”, disse ele.