“O primeiro objetivo foi alcançado. Agora, não custa sonhar. Vamos em busca de uma vaga na Série D, na Copa do Brasil e, quem sabe, estar nas semifinais do Mineiro”. Após 29 anos de ausência na primeira divisão do Estadual e garantido na elite regional em 2022, o clima no Pouso Alegre é o descrito na frase anterior por Paulo Sérgio Ladeia de Castro, o Paulo da Pinta, presidente do clube do Sul de Minas.

Com o encerramento da nona rodada, o Pousão zerou a possibilidade de rebaixamento. Por isso, a dois jogos para o fim da fase classificatória, o clube projeta voos mais altos. O Dragão recebe o Cruzeiro, domingo, às 11h, no Manduzão. No dia 25, pega o Tombense, às 16h, no Almeidão. Em disputa estarão seis pontos e toda a motivação para galgar os próximos ambiciosos passos.

“O primeiro objetivo foi alcançado. Quando subimos, depois de quase 30 anos, a meta era a manutenção no Módulo I em 2022. Agora, vamos para a segunda meta nas duas últimas partidas. Tentar uma vaga para a Série D do Brasileiro, porque acredito que até o sétimo colocado pode ir. Os atletas têm uma premiação para conquistar o objetivo e vamos atrás. Seria inédito disputar um Campeonato Brasileiro”, projeta Paulo da Pinta.

O regulamento do Mineiro estabelece que os melhores colocados no Estadual, excluídos os já garantidos nas Séries A, B e C do Brasileiro, serão indicados à quarta divisão nacional. É nesta possibilidade que o dirigente do Pouso Alegre se apega.

Além da possibilidade de disputar pela primeira vez na história uma competição nacional, Paulo da Pinta acredita que o Pouso Alegre precisa acreditar nas semifinais do Mineiro. Com 12 pontos, em oitavo lugar, o Pouso Alegre está a quatro do Tombense, última equipe no G-4. Para garantir um lugar na próxima fase, precisaria vencer os dois jogos restantes e ainda torcer por uma complexa combinação de resultados.

“Sabemos que está muito difícil, mas não impossível, pois o campeonato está bem equilibrado entre as equipes do interior. Temos dois jogos dificílimos, contra Cruzeiro e Tombense. Mas, vamos passo a passo. Seria um sonho disputar a semifinal do Mineiro. Sabemos das dificuldades, principalmente pela qualidade dos adversários, mas não custa sonhar”, vislumbra o dirigente.

O outro passo estabelecido pelo clube do Sul de Minas é, quem sabe, disputar a Copa do Brasil, também pela primeira vez. A façanha poderia ser alcançada por meio do Troféu Inconfidência, que colocará frente a frente os times colocados entre o quinto e o oitavo lugares. No formato mata-mata, o campeão da disputa seria indicado pela Federação Mineira de Futebol (FMF) ao torneio nacional, caso o Estado tenha direito a uma quinta vaga.

“Disputando o Troféu Inconfidência, conquistar uma vaga para a Copa do Brasil também seria inédito para o clube”, planeja.

Contudo, se todas as probabilidades elencadas por Paulo da Pinta não se confirmarem ao fim da fase classificatória do Mineiro, o dirigente avalia que o objetivo principal foi cumprido.

“Como presidente, ficaria muito sentido por ter trazido o time junto com a diretoria à primeira divisão e ser rebaixado. Por causa da pandemia, o nosso torcedor, que foi o 12º jogador na segunda divisão, não teve a oportunidade de acompanhar a equipe. Tivemos média de público de cinco mil pessoas e, na primeira divisão, iríamos dobrar. Se o torcedor, em 2022, não tivesse a oportunidade de assistir ao time na arquibancada, ficaria muito triste”, analisa Paulo da Pinta.