Cruzeiro atropela o Atlético e dá grande passo à semi da Copa do Brasil

A experiência do técnico há mais tempo em atividade no comando de um clube no Brasil fez a diferença no primeiro clássico mineiro das quartas de final da Copa do Brasil. Com uma estratégia certeira, Mano Menezes foi fundamental para o Cruzeiro encerrar um jejum de nove jogos sem vitórias da melhor maneira possível, derrotando o Atlético no Mineirão por 3 a 0 e levando uma vantagem enorme para o segundo jogo, quarta, no Independência. 

Mano Menezes soube usar as peças que tem no elenco e apostou em um ataque veloz contra a lenta defesa atleticana e praticamente resolveu o jogo no primeiro tempo. Com Pedro Rocha na vaga de Fred, o Cruzeiro soube suportar o início melhor do Atlético, que tinha mais posse de bola, mas era pouco efetivo, para usar suas armas.

Uma delas, atuar no erro do adversário, como o espaço mal ocupado. Foi assim que, sem ser incomodado, Pedro Rocha fez 1 a 0, aos 12 minutos, no primeiro chute a gol do Cruzeiro. 

Com a vantagem no placar, normalmente um time comandado por Mano Menezes é difícil de ser batido. E tudo o que precisava para ter ainda mais tranquilidade é ter a possibilidade de jogar no contra-ataque. E foi o que o Atlético deu de presente, se abrindo, de forma desorganizada. E o veloz Pedro Rocha mais uma vez foi decisivo, ao interceptar uma péssima saída de Réver para servir Thiago Neves, o jogador que cresce em jogos decisivos. 2 a 0 com 26 minutos. 

Nitidamente, o Atlético, que sentiu o golpe do primeiro gol, se desarrumou ainda mais. Com as peças criativas bem marcadas, como Cazares e Chará, o Galo trocou bolas entre os seus jogadores, mas não conseguiu abastecer em nenhum momento Alerrandro, que pouco participou do jogo. Do lado azul, a experiência da equipe fez a diferença e o controle da partida aconteceu de forma natural.

O cenário não mudou no segundo tempo. Espaçado entre seus setores, o Atlético pouco incomodou o Cruzeiro e ainda, novamente em um erro de saída de bola, permitiu que o time celeste chegasse ao terceiro gol logo aos 9 minutos, com Robinho. Nesse momento, Otero já estava em campo na vaga de Luan e, pouco depois, Geuvânio entrou no lugar de Cazares. Mudanças que surtiram pouco efeito além de uma leve melhora nas bolas paradas, especialidade do venezuelano. Atuando de forma inteligente, o Cruzeiro deixou a bola com o Atlético que, sem criatividade, pouco fez e ainda correu o risco de levar mais. Vantagem ampla. E difícil de ser revertida pelo lado alvinegro.